Esmal 24/05/2016 - 17:47:52
Judiciário promove palestra sobre abuso sexual contra crianças e adolescentes
Ação do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) ocorreu nesta terça (24), para cerca de 70 pais de alunos da Escola Pedro Café, no Rio Novo

Para juiz André Gêda, casos de abuso precisam ser mais divulgados. Para juiz André Gêda, casos de abuso precisam ser mais divulgados. Foto: Anderson Moreira

    “Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes” foi o tema de mais uma palestra promovida pela Escola Superior da Magistratura (Esmal), por meio do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), na tarde desta terça-feira (24). A ação ocorreu na Escola Professor Pedro Café, localizada no bairro Rio Novo, em Maceió.

    O juiz André Gêda, coordenador do Projeto Justiça Itinerante, palestrou para cerca de 70 pais de alunos da escola, que possui turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Segundo ele, os casos de abuso precisam ser mais divulgados. 

    “A gente tem um dado estarrecedor onde, a cada 100 mil casos de abuso ou exploração sexual contra crianças e adolescentes ao ano, apenas 20% são notificados, segundo o Ministério Público Federal. Então, é importante relatar aos órgãos que realizam a apuração dessa prática destrutiva, para que a população saiba como se deve agir e a quem recorrer em casos como esses. O papel de conscientização é essencial para a diminuição dessa violência”, explicou o magistrado. 

    A palestra deu continuidade a outras ações instrutivas que a instituição de ensino já vinha fazendo com os estudantes e, segundo a diretora da escola, Eliane Correia, o tema despertou a atenção dos pais. “Demos algumas orientações para nossos alunos e depois de algumas atividades, alguns pais vieram até nós querendo saber mais sobre o assunto e com uma curiosidade boa. Eles gostaram de saber que aconteceria essa ação para tirar dúvidas”, disse.


    Cerca de 70 pais de alunos da Escola Professor Pedro Café assistiram à palestra. Foto: Anderson Moreira

    Além de ensinar as crianças sobre o assunto, a dona Rosiete da Silva, avó de dois alunos na escola, um menino de quatro anos e uma menina de sete anos de idade, acredita que o cuidado deve ser dobrado por parte dos pais e responsáveis também. “A gente ouve muito falar de casos de abuso com outras pessoas, então a preocupação termina aumentando. Sempre falo com meus netos que não devem falar ou aceitar nada de estranhos, os levo à escola e vou buscar. São ações simples que não devem ser esquecidas”, contou Rosiete.

Karina Dantas - Dicom TJ/AL
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