Mutirão 16/08/2016 - 13:32:52
Semana Pela Paz conscientiza Arapiraca sobre violência doméstica
Magistrada Isabelle Sampaio avalia que além da agilização de processos, ação tem uma boa repercussão na comunidade

Magistrada Isabelle Sampaio conduz audiências no Juizado da Mulher de Arapiraca. Magistrada Isabelle Sampaio conduz audiências no Juizado da Mulher de Arapiraca. Foto: Caio Loureiro
Semana Pela Paz conscientiza população de Arapiraca sobre violência doméstica
Semana da Justiça Pela Paz em Casa conscientiza população de Arapiraca

    O Poder Judiciário de Alagoas realiza, entre os dias 15 e 19 deste mês, a 5ª Semana da Justiça Pela Paz em Casa. No Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Arapiraca, estão sendo realizadas 46 audiências, em regime de mutirão. No 4º Juizado de Maceió, outras 100 audiências foram pautadas para a Semana.

    A juíza Isabelle Sampaio é a titular da unidade e coordena os trabalhos. A magistrada avalia que, além da agilização de processos, a ação tem uma boa repercussão na comunidade. “A gente vê que as rádios divulgam, os sites divulgam, e tem um impacto muito bom inclusive no desestímulo da prática de violência doméstica contra as mulheres. Quando eles sentem a presença da Justiça, e sentem que pode haver uma repressão, eles pensam duas vezes”.

    Uma das mulheres que participaram de audiência nesta terça-feira (16) contou que a Lei Maria da Penha, que completa 10 anos em 2016, foi o que precisou para fazer o marido repensar seu comportamento, que ficava violento quando bebia. “Depois que ele passou um mês e oito dias presos, não me agrediu mais”, disse a vítima, de 27 anos, residente em Craíbas (AL). “E se voltar [a agredir], a lei está aí”.

Equipe multidisciplinar

    Um elemento importante no combate a esse tipo de violência é a atuação da equipe multidisciplinar no Juizado, composta pela assistente social Oserlane Alexandre dos Santos e a psicóloga Maria Dayane da Silva, além de advogados. Em 2015, foram 257 atendimentos sociais e 322 psicológicos, parte deles realizados de forma conjunta.

    A equipe atende as vítimas, filhos, familiares e o próprio agressor, que pode ter o acompanhamento determinado por decisão judicial.

    “Há um conjunto de técnicas que nós utilizamos, como visita domiciliar, entrevista psicossocial, coleta de dados e obervação clínica. A regeneração (dos agressores) acontece a longo prazo, o processo de mudança é longo”, explicou Maria Dayane.

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