Juíza orienta alunos de escola pública sobre combate às drogas
Ação ocorreu na Escola Municipal Silvestre Péricles, na Ponta Grossa, em Maceió; iniciativa foi promovida pelo programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), da Esmal
Magistrada conversou com os estudantes na tarde desta quarta (5). Foto: Itawi Albuquerque
A juíza Juliana Batistela Guimarães de Alencar, titular da comarca de Santa Luzia do Norte, alertou aos 40 alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental da Escola Municipal Silvestre Péricles, no bairro Ponta Grossa, em Maceió, sobre os malefícios do consumo de drogas lícitas e ilícitas. A palestra sobre “Prevenção e Combate ao Uso de Drogas” foi promovida pelo Programa Justiça e Cidadania na Escola (PCJE), da Escola Superior da Magistratura (Esmal), nesta quarta-feira (5).
Após debater sobre o tema, a magistrada, utilizando o método da constelação familiar, pediu que os alunos se reunissem e escrevessem sobre seus objetivos de vida e o que eles precisam fazer para conquistá-los.
“Conversei com eles sobre o que leva as pessoas a usar drogas. Com esse método da constelação familiar, a pessoa visualiza todas as vidas que estão por trás da vida dela, e isso permite uma maior consciência de quem é a pessoa e do que contribuiu para ela ser o ser humano que ela é hoje”, explicou a juíza, reforçando que não dá só para falar que 'as drogas não fazem bem para a saúde', pois tem muita coisa por trás disso.
Para a aluna do 9º ano Amanda Silva de Lima, de 17 anos, as drogas destroem não só a vida do usuário, como a da família inteira. “Eu achei muito legal essa palestra, porque serviu muito para a gente entender um pouco mais por que tem muitos jovens nas ruas indo para esse caminho das drogas, que é errado. Se a gente focar nos nossos sonhos, a gente consegue o que quer”.
Constelação familiar
Constelação familiar é uma técnica que vem sendo utilizada na resolução de conflitos no Judiciário. Criado pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, o método consiste em ouvir as partes e coletar informações que permitam ao conciliador descobrir a origem dos problemas. "Na constelação, a gente soluciona o conflito em si. O processo judicial tem um objeto, mas não necessariamente esse objeto é o conflito que a pessoa possui. Esse conflito, por vezes, vem com o indivíduo há muito tempo, muitas vezes é alguma emoção passada pelos familiares que a pessoa não identificou e a constelação é capaz de fazer isso", destacou o juiz Yulli Roter Maia, da 2ª Vara de União dos Palmares.
O magistrado utiliza a técnica durante audiências na unidade e, segundo ele, os resultados obtidos têm sido positivos, com índices de acordo acima de 90%.
Karina Dantas - Dicom TJ/AL
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