Geral 22/06/2017 - 16:24:56
Esmal encerra curso de mediação escolar com lançamento de cartilha para educadores
‘Cartilha de Mediadores’ será utilizada em escolas públicas de Alagoas como instrumento de prevenção de conflitos

Cartilha foi produzido pela equipe do PCJE e pela professora Moacyra  Rocha. Cartilha foi produzido pela equipe do PCJE e pela professora Moacyra Rocha. Foto: Itawi Albuquerque
Curso discute mediação escolar com profissionais da Educação

    Nesta quarta-feira (21), cerca de 80 educadores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Secretaria Municipal de Educação (Semed) concluíram o 'Curso de mediação de conflitos para a construção de uma cultura de paz', promovido pela Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal). Na ocasião, a Escola do Judiciário alagoano, por meio do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), lançou a ‘Cartilha de Mediadores’, publicação em formato digital que será utilizada pelos participantes da capacitação para multiplicar os conhecimentos adquiridos na formação com os demais educadores de suas unidades. 

    O material foi produzido pela equipe do PCJE e pela professora Moacyra Verônica da Rocha, que ministrou a capacitação para os professores de Alagoas. Segundo ela, uma das finalidades da cartilha é apresentar, de forma sucinta, o método da conciliação escolar para os profissionais que não tiveram a oportunidade de participar da formação. “Através desse nivelamento será possível gerar um verdadeiro sistema de prevenção de conflitos, estimular a autocomposição e empoderar os estudantes, de modo que eles se sintam capazes de resolver suas próprias divergências”, avalia.     

    Cássio Costa de Lima, diretor da Escola Estadual Teotônio Vilela, acredita que muitos conflitos que se tornam visíveis nas escolas muitas vezes não são originados nela, são resultados de desordens de cunho social que acabam sendo refletidos no ambiente escolar.  Para ele, é essencial que não só os educadores, mas todos os que convivem com os estudantes, na escola e fora dela, tenham formação sobre o assunto. 

    “Durante o curso aprendemos diversas técnicas que demonstram que há maneiras objetivas de lidar com essas situações, o que vai fazer com que nós possamos conduzi-las de forma mais apropriada”, destacou Cássio, que há 13 anos se dedica à educação de crianças e jovens. 


Desembargador Fernando Tourinho, diretor da Esmal, ressaltou que o PCJE aproxima o Judiciário e a sociedade. Foto: Itawi Albuquerque

    O Poder Judiciário de Alagoas tem, ao longo dos anos, buscado se aproximar da sociedade envolvendo-se de forma mais ativa na prevenção de litígios. Esta é, segundo o desembargador Fernando Tourinho, diretor-geral da Esmal, a motivação para a existência do PCJE. “Reconheço que os desafios do educador são gigantescos, um dos maiores deles, certamente, é ensinar o respeito às diferenças, promover a cultura do diálogo e da paz. A Escola da Magistratura está aberta para ajudar os formadores de cidadãos nesta tarefa”, ressaltou. 

    Para o juiz Hélio Pinheiro Pinto, coordenador do PCJE, a escola, com o auxílio do Judiciário, têm uma função essencial na formação dos novos cidadãos, evitando a repetição de ciclos de conflitos e de agressões. “Temos o problema de achar que a violência é um problema de falta de caráter, mas o comportamento negativo, muitas vezes, advém do fato de as pessoas não terem aprendido outra coisa em suas trajetórias. Por isso precisamos de profissionais habilitados para aplicar as técnicas de mediação escolar e orientar os estudantes que há formas mais eficientes de superar as diferenças”, resumiu o magistrado. 

Carolina Amâncio - Esmal TJ/AL

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