Diretor-geral da Esmal, Fernando Tourinho, deu início ao encontro científico. Foto: Itawi Albuquerque

    Teve início, na noite desta quinta-feira (3), no auditório da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), a segunda edição do Encontro de Pesquisas Judiciárias (II Enpejud). A solenidade contou com a presença de dezenas de estudantes, pesquisadores e operadores do Direito, além de servidores e magistrados do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). 

    Com o tema ‘Decisão judicial: processo decisório e precedentes’, o II Enpejud busca incentivar a cultura da pesquisa no âmbito do Poder Judiciário, disponibilizando-o, inclusive, como objeto de estudo. Para o desembargador Fernando Tourinho, diretor-geral da Esmal, é através da pesquisa que se descobrem alternativas para o futuro do Judiciário. “Não é possível construir nada se você não tiver pesquisas sobre as dificuldades, sobre como avançar para tornar a Justiça mais célere e eficiente para a comunidade”, avaliou.

    O Enpejud pretende sedimentar-se em Alagoas como um espaço de debates qualificados sobre o Direito e suas questões.  Tal objetivo, segundo a juíza Lorena Sotto-Mayor, coordenadora de Pesquisa e Produção Científica da Esmal, é imprescindível para o desenvolvimento de todas as sociedades. “As grandes nações do mundo não dão um passo sem que sejam realizadas pesquisas. Para criarmos conhecimento verificável sobre os nossos problemas, devemos estimular a experimentação científica”, pontuou a coordenadora. 

    Enpejud busca se estabelecer como espaço de referência para o conhecimento científico na área do Direito. Foto: Itawi Albuquerque 

    Um dos convidados para a conferência de abertura do encontro foi o professor Hugo Leonardo Rodrigues Santos. Ele ministrou palestra com o tema ‘Alguns preceitos teóricos e metodológicos necessários ao desenvolvimento de pesquisas sócio-jurídicas’. Para ele, o apoio institucional só engrandece a cultura da pesquisa no estado. “Com o uso de metodologias científicas, a academia pode oferecer respostas e ideias que venham a contribuir com o Poder Judiciário. Espero, inclusive, que o projeto sirva de exemplo para outras entidades”, defendeu. 

    O pesquisador André Rocha Sampaio, por sua vez, palestrou sobre os ‘Problemas envolvendo pesquisa em Direito’. De acordo com ele, a experimentação científica na área é, muitas vezes, relegada ao segundo plano na academia. “Com a promoção do Enpejud, a Esmal provoca também a reflexão sobre uma questão conjuntural, que é a necessidade do aperfeiçoamento do ensino de técnicas de pesquisa em Direito”, apontou André. 

    O II Enpejud tem continuidade nesta sexta-feira (4), a partir das 8h. Durante todo o dia, graduandos, pós-graduandos e demais pesquisadores irão apresentar seus artigos no encontro científico. Mais de 60 trabalhos serão expostos em apresentações abertas ao público, que poderá contribuir e debater os problemas propostos. 

    A ordem das apresentações está disponível neste link.  

Carolina Amâncio - Esmal TJ/AL

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