Servidora da Coordenadoria da Mulher conhece ações do Juizado de Violência Doméstica
Éryka Lessa destacou o trabalho da equipe multidisciplinar que atua na unidade; grupo é formado por assistentes sociais, psicólogas e estagiários das áreas
Juiz José Miranda, servidora Éryka Lessa e assistentes sociais Monique Santos e Charlene Souza. Foto: Caio Loureiro
A integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Éryka Lessa, realizou visita técnica ao Juizado da Mulher da Capital na manhã desta sexta-feira (15). Na ocasião, a servidora conheceu a equipe multidisciplinar da unidade e algumas das ações e atividades promovidas, além de reforçar o apoio da Coordenaria nos projetos de combate à violência.
A servidora do órgão coordenado pela desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento falou sobre a importância das ações feitas em conjunto para proteger as mulheres em situação de violência. “A Coordenadoria foi criada em 2011 e o intuito é atuar na melhoria das ações de proteção e combate à violência doméstica contra a mulher, além de fornecer um melhor acolhimento para essas vítimas tanto no Poder Judiciário, como nos outros Poderes”, enfatizou Éryka Lessa.
A equipe multidisciplinar do Juizado é formada por assistentes sociais e psicólogas que realizam atendimentos individuais e em grupo, estudos, projetos, palestras e panfletagens sobre a temática para o público em geral. As assistentes sociais Monique Santos e Charlene Souza e as psicólogas Carolina Monteiro e Anelise Lobão, além de dois estagiários de cada área, são os responsáveis por essas atividades.
“Fazemos os atendimentos que são procurados pelas partes e também quando há solicitação de estudo ou de atendimento pelo juiz, promotor ou defensor público. A maioria dos atendimentos são feitos pelas duas áreas do atendimento multidisciplinar, que envolve serviço social e psicologia, principalmente no primeiro atendimento para identificar as demandas de cada área”, explicou a assistente social Monique Santos.
Para o juiz auxiliar da unidade, José Miranda Santos Júnior, para combater a violência doméstica é necessária a união dos Poderes e a educação das crianças para o respeito com a mulher, assim como uma mudança cultural. “O Judiciário sozinho não vai resolver o problema da violência, há toda uma rede de proteção, que inicia na questão da educação, isto é, ensinar às crianças que a mulher não pertence ao homem, que rico não pode comprar o pobre, entre outras coisas”, comentou o juiz.
Projetos do Juizado da Mulher
Além dessas atividades, a equipe multidisciplinar desenvolve mais dois projetos: Maria da Penha mais forte e Direito de Retratação: conhecer para refletir. O primeiro projeto é um atendimento feito após a audiência de justificação. Os casos sugeridos pela equipe ou por determinação do juiz são encaminhados para o atendimento em grupo, onde se fala sobre a Lei Maria da Penha e explica-se como funciona o Juizado, quais os tipos e o ciclo de violência e os equipamentos que existem para atendimento.
O trabalho é desenvolvido também com os homens, no intuito de informar, prevenir e conscientizar. “Explicamos o que foi a audiência e como se dá a continuidade do processo. Para aproveitar a oportunidade, falamos sobre a questão da violência com eles, discutimos algumas questões que trazem e outros assuntos. É uma oportunidade de fazer com que reflitam sobre alguns comportamentos”, destacou Monique.
No projeto Direito de Retratação: conhecer para refletir, as profissionais fazem o atendimento com as mulheres que não querem dar continuidade ao processo. “Nós fazemos o atendimento individual para orientar e entender o contexto no qual ela vive, o porquê de ela desistir e também para explicar como funciona esse procedimento. Às vezes, elas vêm por um motivo e depois decidem não desistir mais”, contou a assistente social.
O magistrado destacou ainda a união de homens e mulheres no combate à violência contra a mulher. “Não é uma guerra homem contra a mulher. É uma luta de quem é contra a violência com quem é violento. Então o lilás é a união do azul, que representa o homem, com o rosa que representa a mulher. Eu e o juiz Paulo [Zacarias, titular do Juizado] representamos o azul para nos unirmos à cor rosa e lutarmos contra a violência doméstica. Então não é uma luta só das mulheres, mas sim de todos nós”, reforçou José Miranda.
Graziela França - Dicom TJ/AL
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