Geral 20/10/2017 - 10:31:22
Seminário sobre história da Justiça alagoana expõe documentos do século XIX
Cerca de 100 pessoas compareceram ao evento que contou com palestras e debates, na manhã desta quinta-feira (19), no auditório da Esmal

Suliane Barros, coordenadora do Arquivo Judiciário, durante sua fala no evento. Foto: Karina Dantas Suliane Barros, coordenadora do Arquivo Judiciário, durante sua fala no evento. Foto: Karina Dantas

Buscando aprimorar o conhecimento acerca da história da Justiça de Alagoas, a Escola Superior da Magistratura (Esmal), em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizou na manhã desta quinta-feira (19) o seminário “Arquivo do Judiciário: história da Justiça, emancipação política e acervo de documentos históricos”.

Cerca de 100 pessoas compareceram ao evento, no auditório da Esmal, que contou com palestras e debates, além da exposição de doze documentos antigos do arquivo judiciário, de meados do século XIX, período em que alguns dos processos ainda eram manuscritos.

O juiz Claudemiro Avelino de Souza, da 2ª Vara de Penedo, a coordenadora do Arquivo Judiciário, Suliane Barros Leal, e o pesquisador e professor de História da Ufal, doutor Antônio Felipe Caetano, foram os responsáveis pelos debates.

De acordo com o magistrado, os documentos do arquivo judiciário são de extrema importância para atestar o nascimento da Justiça alagoana após a proclamação da república.

“Eventos dessa natureza, relacionados ao arquivo da Justiça de Alagoas, são raros. Então são momentos para a gente aproveitar para democratizar essas informações e apresentar o que já se coletou de documentos importantes históricos, relacionados à história da Justiça de Alagoas”, afirmou Claudemiro de Souza.

Para a estudante do primeiro período de História na Ufal, Claudenice Pereira, o evento foi uma boa oportunidade para adquirir mais conhecimento sobre a área, principalmente para aqueles que gostam de pesquisa. “É um momento de muito enriquecimento para a minha carreira de historiadora”, disse.

Os documentos expostos no seminário fazem parte da pesquisa realizada através do convênio entre a Ufal e o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), firmado em maio deste ano, que permitiu o acesso de pesquisadores ao acervo judiciário. O objetivo era de organizar o acervo, catalogar e inventariar as fontes, além de conseguir mapear o que se tinha de fato no acervo histórico, pelo período de 1830 a 1970.

“Ao mesmo tempo em que se tinha o objetivo pessoal na pesquisa, que era de trabalhar com a escravidão e conseguir identificar alguns processos que envolviam homens escravizados libertos ou homens de cor, também se tinha um objetivo institucional. Toda essa etapa de catalogação e de inventariar o acervo já foi feita. Foram 105 caixas nessa parte inicial, e a etapa seguinte é digitalizar e higienizar profundamente”, disse o doutor Antônio Felipe Caetano.

Com o convênio, essa é a primeira vez que o arquivo judiciário abre o acesso para historiadores, conforme afirmou a diretora Suliane Barros. “Já pensamos em digitalizar alguns documentos que julgamos mais relevantes para a sociedade, e pensamos em fazer um banco de imagens, como um memorial digital, para que esse acesso seja múltiplo e simultâneo aos interessados”, explicou.


Karina Dantas - Dicom TJ/AL
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