Geral 14/12/2017 - 10:37:38
Caso Janadaris: acusado de participar da morte de advogado é julgado em Marechal Deodoro
Ministério Público sustenta a tese de homicídio duplamente qualificado; já a defesa alega que a participação do réu no crime foi de menor importância

Réu Juarez Tenório da Silva está sendo julgado no Fórum de Marechal Deodoro. Réu Juarez Tenório da Silva está sendo julgado no Fórum de Marechal Deodoro. Foto: Diego Silveira

O réu Juarez Tenório da Silva Júnior, acusado de participação na morte do advogado Marcos André de Deus Félix, está sendo julgado no Fórum de Marechal Deodoro. A sessão, presidida pelo juiz Helestron Silva da Costa, teve início às 10h e deve terminar no início da noite.

O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) sustenta a tese de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe mediante paga e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). “Temos filmagens do local do crime e testemunhas que comprovam a participação de Juarez Tenório, além da confissão dos outros réus”, disse o promotor de Justiça Sílvio Azevedo. Ainda segundo ele, o réu pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão caso seja condenado pelos jurados.

Já a defesa sustenta que a participação de Juarez Tenório no crime foi de menor importância. “Ele não sabia que os outros réus tinham arma e que praticariam o homicídio. Apesar de o meu cliente supostamente ter dado carona aos executores, se a gente tirasse ele do local o crime aconteceria de qualquer modo. Ele não foi essencial para que o homicídio ocorresse”, explicou o advogado Marinésio Luz.

O caso

O crime ocorreu em março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. De acordo com a denúncia do MP/AL, os acusados Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva deflagraram tiros de arma de fogo contra o advogado Marcos André e, em seguida, fugiram com auxílio de Juarez Tenório, que os aguardava em um carro perto do local do homicídio.

Álvaro e Elivaldo foram julgados e condenados, em agosto deste ano, a 18 e 21 anos de reclusão, respectivamente, ambos em regime inicialmente fechado. Ainda segundo os autos, os réus teriam sido contratados por R$ 2 mil pela advogada Janadaris Sfredo para executar a vítima, com quem tinha inimizade. A suposta mandante está presa e aguarda julgamento.

Matéria referente ao processo n° 0000510-54.2017.8.02.0044

Diego Silveira - Dicom TJ/AL
imprensa@tjal.jus.br - (82) 4009.3141/3240