Novos juízes do TJ/AL participam de aula inaugural de curso de formação
Recém-empossados irão dividir o tempo entre estudos e atuação nas unidades jurisdicionais; capacitação segue até junho
Capacitação possui 575 horas de atividades teóricas e práticas voltadas para o desenvolvimento humanístico e ético. Foto: Itawi Albuquerque
Troca de experiências e integração com a comunidade são essenciais para o sucesso na carreira. Foi com essa mensagem que os 12 novos juízes de Alagoas foram recebidos na aula inaugural do curso oficial de formação inicial, nesta quarta-feira (17), na Escola Superior da Magistratura (Esmal).
De acordo com o desembargador Fernando Tourinho, diretor da Esmal, os novos juízes irão diminuir as carências existentes nas unidades jurisdicionais, principalmente no interior do estado. “Com o curso, vamos tentar dar a eles uma orientação sobre o lado prático da carreira, para que eles não cheguem às suas comarcas alheios ao seu funcionamento e ao que a sociedade espera deles”, observou.
A capacitação, promovida pela Esmal em consonância com as diretrizes da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrado (Enfam), proporcionará aos juízes 575 horas de aulas com foco no desenvolvimento ético, técnico-jurídico, gerencial, humanístico e multidisciplinar. O curso será encerrado no dia 21 de junho, mas as lições não acontecerão somente nas salas de aula da Esmal. A partir do mês de março os juízes substitutos passarão a dividir o tempo entre as atividades em suas comarcas e os estudos do curso de formação.
“Nos dois primeiros meses os juízes terão as disciplinas introdutórias e, depois disso, eles já irão atuar. Dessa forma, ganham eles, o jurisdicionado e também o Tribunal, que terá sua força de trabalho intensificada mais cedo”, explicou o juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima, coordenador geral de cursos da Esmal.
A carreira
Na solenidade, os recém-empossados se apresentaram e falaram sobre suas trajetórias até a nomeação no concurso público. As autoridades presentes, por sua vez, comentaram sobre o quanto é necessário que os novos magistrados aproveitem intensamente esse momento.
O corregedor-geral do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Paulo Lima, frisou que quando ingressou na magistratura, em 1979, um curso desse tipo não existia, e colocou-se à disposição para contribuir com o que for possível com a formação. “Na Corregedoria procuramos ajudar aos colegas. Há um estigma de que a Corregedoria é um órgão punitivo, mas não enxergo as coisas dessa maneira. Unidos podemos melhorar as condições de trabalho de todos”, avaliou.
José Carlos Malta Marques, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL), enfatizou a necessidade de os magistrados serem participativos nas comunidades onde irão atuar. “A presença de um juiz e de uma juíza em uma cidade do interior transmite uma confiabilidade muito significativa para o jurisdicionado. É essencial que exista essa aproximação”, defendeu.
Ney Alcântara, presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), todos os juízes coordenadores da Esmal , além de outras autoridades também estiveram presentes na aula inaugural e cumprimentaram os novos magistrados pelo início da carreira.
Carolina Amâncio - Esmal TJ/AL
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