Lorena Sotto-Mayor falou sobre igualdade de direitos durante o evento. Foto: Caio Loureiro

Na manhã desta segunda-feira (12), o Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) reuniu cerca de 200 pessoas no auditório da Escola Superior da Magistratura para celebrar o Mês da Mulher. Durante o evento, servidores da Justiça, educadores da rede pública estadual e do município de Maceió, além de estudantes da Escola Estadual Edmilson Pontes e da Escola Municipal Haroldo da Costa participaram de palestras sobre a igualdade entre gêneros e empoderamento feminino.

Os participantes foram recebidos com a apresentação musical da cantora Irina Costa, que também é servidora do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Para Fernando Tourinho, diretor-geral da Escola Superior da Magistratura (Esmal), todas as mulheres merecem homenagens diariamente, mas é importante marcar a passagem do Dia da Mulher com uma celebração crítica e construtiva. 

“Hoje comemoramos a nossa parceria com as secretarias estadual e municipal de educação, ao passo que enaltecemos a mulher, que muitas vezes se desdobra em múltiplas jornadas de trabalho, dentro e fora de casa”, observou o desembargador. 

Com o tema "Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres", frase atribuída à filósofa Rosa Luxemburgo, a celebração contou com palestra da juíza Lorena Sotto-Mayor, coordenadora de Cursos para Magistrados da Esmal. 

A magistrada enfatizou o papel de todas as mulheres na luta contra o machismo. “A nossa cultura trabalha para o gênero feminino ocupe um papel secundário, de mera apoiadora dos homens, nunca de protagonista. Temos que repensar isso e assumir a nossa responsabilidade nessa batalha, não agirmos como cúmplices dessa situação”, explicou. 

O juiz Anderson Passos, coordenador de Projetos Especiais da Esmal, também fez uma palestra na qual tratou de estereótipos de gênero e preconceito. Apresentando dados estatísticos sobre os diversos tipos de violência à qual as mulheres são submetidas diariamente, o magistrado destacou que a cultura machista prejudica a todos. “Na atividade jurisdicional, não é raro vermos casos em que um homem afirma, até com certa naturalidade, que bate em uma mulher porque ela pertence a ele. No Brasil,  há uma média de 50 mil estupros notificados a cada ano. É papel de todos nós combatermos esse cenário”, apontou. 

Empoderamento e motivação foram os temas da palestra de Moacyra Rocha. Foto: Caio Loureiro

Moacyra Rocha, assessora judiciária do TJ e coach, por sua vez, falou sobre empoderamento feminino e apresentou algumas estratégias para a mulher continuar motivada diante das exigências do cotidiano. “Tudo muda quando a gente muda. Não podemos ficar esperando que outra pessoa faça algo para conquistarmos nossos sonhos. A nossa verdade está dentro de nós e só conseguiremos chegar aos nossos objetivos se acreditarmos, de coração, que nós podemos”, ensinou. 

Destaques

Foram homenageadas oito mulheres que se destacaram no Poder Judiciário e, especialmente, nas atividades relacionas ao PCJE. A desembargadora Elisabeth Carvalho, que não pôde comparecer à solenidade, foi a primeira a ser lembrada. Além dela, a juíza Lorena Sotto-Mayor, a assessora judiciária Moacyra Rocha, as analistas judiciárias Irani Tenório e Irina Costa, a secretária executiva da Secretaria de Estado da Educação Laura Cristiane de Souza, a secretária de Educação de Maceió Ana Dayse Dória, e a coordenadora pedagógica da Esmal Karoline Mafra também receberam placas em homenagem às suas trajetórias.

Carolina Amâncio - Esmal TJ/AL

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