‘Digitalizômetro’: Juízes ganham ferramenta para gerenciar digitalização do acervo físico
Apenas 17.318 (2,97%) dos processos que tramitam na Justiça de Alagoas são físicos; meta da gestão do presidente Otávio Praxedes é digitalizar 100% até o final do ano
Sistema foi desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia do TJAL, sem custos. Arte: Dicom
Garantir um monitoramento mais eficiente dos relatórios de digitalização processual nas 150 unidades judiciárias do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). Eis o objetivo do Digitalizômetro, desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia (Diati) com a finalidade de mostrar aos juízes, em tempo real, onde ainda há processo em papel para ser virtualizado.
Atualmente, tramitam 583 mil processos no Judiciário de Alagoas, dos quais apenas 17.318 (2,97%) são físicos, ou seja, foram originados antes da virtualização completa da gestão processual. Entre os tribunais estaduais, apenas Tocantins e Acre atingiram 100%. É meta da gestão do presidente Otávio Praxedes digitalizar acervo físico restante ao final do ano.
O acesso às informações contidas no Digitalizômetro só é possível por meio do Intrajus, meio de comunicação interno do Tribunal. Criada sem custos para o TJ, a ferramenta permitirá a magistrados e servidores cadastrados no sistema o acompanhamento da virtualização de processos físicos em todas as unidades judiciárias.
Gestão do acervo judiciário
De acordo com o desembargador Domingos de Araújo Lima Neto, presidente do Comitê de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação (CGESTIC), a ideia é ajudar os magistrados a gerir o acervo.
“Boa parte desses 3%, na realidade, são processos que já foram arquivados fisicamente, mas não foram baixados no sistema. A ferramenta dá a possibilidade de o magistrado verificar efetivamente o que está para digitalização e montar um plano de ação para que consiga atingir a meta até o final do ano”, explicou o desembargador.
O desembargador ressalta que outras medidas também estão sendo providenciadas, como a designação de servidores para mutirões de digitalização nas unidades que precisarem.
A Diati também está à disposição dos magistrados para dar suporte nesta área. “Por meio do sistema, o magistrado poderá observar o tempo de espera para a digitalização da documentação. A ferramenta tem extrema utilidade ao processo de gerenciamento, porque permite ao magistrado acompanhar em tempo real e de onde estiver”, explica José Baptista, diretor da Diati.
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