Tribunal do Júri 13/03/2019 - 07:57:40
Acusado de matar a ex-mulher vai a júri em Coruripe nesta quinta-feira (14)
Alberdan de Souza Ferreira confessou o crime, ocorrido em março de 2017; julgamento integra as ações da Semana da Justiça pela Paz em Casa

Julgamento será realizado no Fórum da Comarca de Coruripe. Julgamento será realizado no Fórum da Comarca de Coruripe. Foto: Caio Loureiro
Acusado de matar a ex-mulher vai a júri em Coruripe nesta quinta-feira (14)

A 1ª Vara de Coruripe leva a júri popular, nesta quinta-feira (14), às 9h, o réu Alberdan de Souza Ferreira, acusado de matar a ex-mulher, Maria Jaciara Ferreira dos Santos, com quem tinha uma filha. O julgamento integra as ações da Semana da Justiça pela Paz em Casa, que visa dar mais celeridade aos processos envolvendo violência doméstica.

De acordo com depoimentos de testemunhas, réu e vítima possuíam um relacionamento conturbado. As brigas costumavam envolver a guarda e a pensão da filha do casal.

Jaciara foi vista pela última vez no dia 30 de março de 2017, entrando em um Renault Duster de cor branca. Três dias depois, o corpo da vítima foi encontrado, já em estado de decomposição, no Povoado Lagoa do Pau, na localidade conhecida por Forges.

Em um primeiro depoimento, Alberdan negou qualquer envolvimento com o desaparecimento e a morte da ex-mulher. Disse que, no dia do desaparecimento, esteve na casa de seu pai, saindo só de noite com a namorada. O genitor do réu, no entanto, contradisse as declarações e afirmou que, depois de tomar café, o filho saiu de casa dirigindo um Renault Duster de cor branca.

Ao ser ouvido novamente, o réu confessou o crime. Disse que Jaciara havia ligado para ele querendo conversar. Os dois, no entanto, começaram a discutir dentro do carro. Já com o veículo parado no acostamento da rodovia, Alberdan entrou em luta corporal com Jaciara, dando uma “gravata” em seu pescoço.

Desacordada, a vítima foi levada para uma estrada deserta e atacada com diversos golpes de barra de ferro, vindo a falecer.

Alberdan será julgado por homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil; asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel; à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima; e feminicídio. O júri popular será conduzido pelo juiz Mauro Baldini.

Matéria referente ao processo nº 0700081-65.2017.8.02.0070

Diego Silveira - Dicom TJAL
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