Mulheres que se destacaram em 2018 são homenageadas pela Esmal
Honrarias foram concedidas nesta segunda-feira (25), em evento alusivo ao Mês da Mulher promovido pelo Cidadania e Justiça na Escola
Evento contou com palestras para estudantes da rede pública e apresentação artística. Foto: Rebecca Bastos
Nove mulheres que representaram, no último ano, a luta pela igualdade de direitos foram homenageadas, nesta segunda-feira (25), pela Escola Superior da Magistratura (Esmal). A entrega das honrarias ocorreu durante evento organizado pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), que também contou com palestras para estudantes da rede pública sobre a luta pela efetivação dos direitos das mulheres, além de apresentação artística.
Na cerimônia, foram homenageadas a desembargadora Elisabeth Carvalho; a psicopedagoga e presidente da rede feminina de combate ao câncer, Maria Helena Russo Lessa; a coordenadora de arquitetura do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Cláudia Lisboa; a assessora de gabinete da Secretaria de Educação de Maceió, Sônia Ferreira de Moraes; a gerente de desenvolvimento da gestão das unidades de ensino da Secretaria de Estado da Educação, Genilma Barros; a cantora e servidora da Esmal, Waniele da Silva Pinto; a presidente da comissão especial da mulher da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Caroline Fidelis; e a juíza Carolina Valões.
As mulheres consideradas de destaque pela Esmal receberam uma placa do desembargador Fábio Bittencourt, diretor-geral da Esmal. Para ele, é uma honra homenagear as mulheres, pois não existem distinções de sexo quando o assunto é o desenvolvimento humano. “Elas conseguem buscar o conhecimento, compartilhando o sucesso e se eximindo de qualquer sentimento menor. A luta feminina merece respeito e continua exigindo permanente reflexão, visto que até hoje a mulher ainda é alvo de violência, preconceito e desigualdade”, pontuou.

Palestras
O momento educativo da cerimônia ficou por conta das palestras da presidente da comissão especial da mulher da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Caroline Fidelis, e da juíza Carolina Valões. Elas apresentaram, para os cerca de 300 estudantes presentes, uma verdadeira aula sobre os mecanismos legais de proteção à mulher, estereótipos de gênero, divisão sexual das tarefas do lar, carga mental e violência doméstica, dentre outros assuntos.
De acordo com a magistrada Carolina Valões, o machismo e a necessidade masculina de manter a mulher em um lugar de inferioridade são alguns dos responsáveis pela violência doméstica. “Por isso ainda há a necessidade de uma lei como a Maria da Penha. Não é para darmos mais direitos à mulher, já que na teoria, todos são iguais perante a lei, mas para protegê-la por meio de um microssistema especial que tenta igualá-las aos homens na vida real”, defendeu.
Sthefanny Farias, de 15 anos, acredita que palestras desse tipo alertam pessoas, que depois podem transmitir esse conhecimento para outras, que podem estar passando por situações de violência. “Uma das partes que mais chamou a minha atenção foi saber que a violência de gênero também afetam homossexuais e homens héteros, ou seja, na nossa sociedade todos perdem com o machismo”, disse a estudante.
Já para Amanda Íris da Silva, a lição mais importante da tarde foi saber que em casos de violência, ela pode ser atendida telefonando para a Central de Atendimento à Mulher no número 180. “Também aprendi que a gente deve sim meter a colher em brigas de casal e dar assistência à mulher, porque muitas vezes ela pode não querer denunciar por medo, como é o que acontece em uma situação que acompanho no meu bairro”, disse a garota.
Participaram do evento estudantes das escolas estaduais Afrânio Lages e Anaías de Lima, da escola municipal João Sampaio, e do Centro Universitário Tiradentes. O corregedor-geral de Justiça Fernando Tourinho e o juiz Hélio Pinheiro, coordenador de cursos para magistrados da Esmal, também acompanharam as atividades.
Carolina Amâncio - Esmal TJ/AL
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