Jovens de abrigos e pessoas que adotaram contam suas histórias em Encontro de Adoção
Evento promovido pelo Judiciário reuniu, nesta sexta-feira (24), profissionais da área da infância para falar sobre adoção
Marcos e Roclildo apadrinharam e, posteriormente, adotaram João Vítor, de 10 anos. Foto: Adeildo Lobo
Alessandra da Silva, de 17 anos, vive na Casa Lar e tem um sonho: ter uma família. A jovem aprendiz do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) conta que vive em abrigos desde os 8 anos, enquanto seu irmão vive em uma clínica. Os dois foram abandonados pela mãe, que era alcoólatra, e tiveram que deixar a família biológica.
Prestes a sair do abrigo por conta da idade, Alessandra, que continua no cadastro de adoção, planeja finalizar os estudos, prestar concurso para a Polícia Militar e viver com seu irmão. Em uma audiência com a juíza Fátima Pirauá, ela disse que seu sonho é ter uma família de Roma. A jovem aguarda ser adotada e conta com a ajuda do projeto "Adoções Possíveis", do Poder Judiciário de Alagoas.
“Eu penso em ter minha vida própria quando sair do abrigo. Por mim, minha vida seria lá, que também é minha família, mas eu queria uma casa com pessoas para me escutar, me entender nos momentos bons e ruins, alguém para conversar. Uma mãe, um pai, alguma pessoa que me acolhesse”, conta a adolescente.

Alessandra da Silva, de 17 anos, vive na Casa Lar e sonha em ter uma família. Foto: Adeildo Lobo.
Durante o 8º Encontro Estadual de Adoção, que ocorreu nesta sexta-feira (24) na Escola Superior da Magistratura (Esmal), Roclildo das Neves, de 44 anos, e Marcos Vinícius, de 24, também deram um depoimento sobre adoção. Os dois visitaram abrigos da cidade e, depois de um tempo, apadrinharam João Vitor, de 10 anos, e, posteriormente, fizeram a habilitação para adoção. Atualmente, ambos têm a guarda da criança e afirmam estar muito felizes com a família formada através da adoção tardia.
Durante o evento, os interessados em adotar tiveram a oportunidade de se informar com a equipe da 28ª Vara Cível da Capital e dar os primeiros passos para a habilitação.
Juliana ficou três anos na fila de espera de adoção até receber a ligação que trouxe Júlia para sua vida. Ela e o marido desejavam uma criança de 0 a 5 anos, e não planejavam adotar grupos de irmãos. Após o registro de Júlia, o casal tomou conhecimento da irmã que também estava para adoção e, segundo Juliana, hoje a família está realizada e completa.
“Nós continuamos habilitados pensando em adotar outra criança quando a Júlia tivesse 4 anos. Mês passado ficamos sabendo da irmã dela, Jaqueline, e meu coração pediu para ficar com ela também. Não aguentei separar as duas, e aí decidimos entrar com um processo de adoção para ficar com ela também”.
Os interessados em fazer o cadastro de pretendentes à adoção podem obter mais informações aqui.

imprensa@tjal.jus.br - (82) 4009-3141/3240














