Geral 06/08/2019 - 15:16:30
Magistrados participam de formação em Constelação Estrutural Jurídica
Capacitação ministrada pelo espanhol Guillermo Echegaray na Esmal prepara juízes para o uso do método na prestação jurisdicional

Curso está sendo conduzido pelo espanhol Guillermo Echegaray, na Esmal. Foto: Thaynara Monteiro Curso está sendo conduzido pelo espanhol Guillermo Echegaray, na Esmal. Foto: Thaynara Monteiro

A Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) sedia, até o próximo sábado (10), um curso de formação em Constelação Estrutural Jurídica, com o tema “Justiça de Olhos Abertos. Como decidir mais e melhor”. 

A capacitação, que está sendo realizada pela primeira vez no país, é conduzida pelo espanhol Guillermo Echegaray, doutor em filosofia, psicólogo e representante da Constelação Estrutural na América Latina. O palestrante explicou que a metodologia é uma maneira inovadora de olhar os problemas que existem entre as diversas partes de um processo.

“O TJAL sentiu a necessidade e interesse em sediar o curso para promover uma justiça de olhos abertos com todas as partes. Para que a justiça não seja apenas punir, mas também contribuir reabilitando e melhorando as pessoas que estão envolvidas nesses casos, criando soluções de conciliação que não sejam somente de punição”, explicou o professor.

Para o juiz Cláudio José Gomes Lopes, a ideia do curso é ampliar a visão do Judiciário alagoano, gerando uma melhor prestação jurisdicional com mais eficiência, celeridade e mais objetiva.

O curso está sendo promovido em parceria com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec). Segundo o coordenador geral do núcleo, juiz José Miranda, o objetivo é fazer com que mais membros do Judiciário trabalhem com o método de constelação.

“O importante é a solução, o resultado, e ele não tem que ser só a letra fria da lei e a sentença no processo. O resultado tem que fazer com que as pessoas saiam melhores e felizes, e o principal objetivo do Nupemec é criar mecanismos que façam com que os processos sejam menos dolorosos para as partes após o seu término”, explica.

O curso foi aberto para juízes, operadores do Direito, advogados, mediadores, professores, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas sistêmicos e estudantes de todo o país. Para a juíza Roberta Carvalho, que veio do Distrito Federal para participar da capacitação, o método faz com que as pessoas participem efetivamente.

“Eu acredito que a partir do momento em que o Judiciário aplica um enfoque mais prospectivo para o futuro na solução dessas demandas, de forma a influenciar positivamente as relações em vez de buscar a culpa e se manter nas questões do passado, faz toda a diferença na nossa sociedade, a caminho de transição da cultura do litígio para a cultura de paz”, salientou.



Thaynara Monteiro - Dicom TJAL

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