Geral 15/08/2019 - 17:13:10
Presidente do TJAL palestra sobre mediação e conciliação para alunos da Ufal
Desembargador Tutmés Airan falou sobre a importância de proporcionar às partes a construção de uma solução para encerrar de vez o conflito

Presidente Tutmés Airan falou sobre as vantagens da mediação e conciliação para o Judiciário e sociedade. Foto: Adeildo Lobo Presidente Tutmés Airan falou sobre as vantagens da mediação e conciliação para o Judiciário e sociedade. Foto: Adeildo Lobo

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, palestrou, nesta quinta-feira (15), sobre mediação e conciliação para estudantes do curso de Direito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), durante evento organizado pela Liga Acadêmica em Estudos de Soluções Consensuais de Conflitos (LAESCC).

A professora portuguesa Lurdes Varregoso Mesquita, doutora em Direito Processual Civil, também palestrou sobre mediação em Portugal e na União Europeia. A atividade acadêmica foi realizada no Centro de Interesses Comunitários (CIC), da Ufal.

Na oportunidade, o desembargador falou sobre as formas de resolução de conflitos desde Roma antiga até os tempos atuais. Para Tutmés Airan, um dos grandes desafios do Poder Judiciário é compatibilizar o devido do processo legal com o tempo do conflito real, uma vez que a cadeia recursal no Brasil dura em média dez anos.

“Temos que fugir do método tradicional, viabilizar métodos de autocomposição do conflito, oferecer as partes paradigmas de decisões para elas possam construir a melhor solução de seus conflitos, isso desativa a cadeia recursal e você resolve o conflito em seis meses”, disse o presidente.

O desembargador Tutmés Airan destacou que a segunda vantagem da mediação e conciliação é conversar mais com as pessoas, deixando de lado a linguagem rebuscada do Direito e transpor o muro que existia entre o Judiciário e a população.

“Toda solução ‘ganha perde’ não produz o grau de satisfação, é interessante substituir por uma que todas as partes ganhem, é melhor um empate do que perder. É preciso que o Poder Judiciário esteja atendo a isso, já que tem uma tarefa muito árdua, os nossos juízes trabalham muito e se não fizer isso o Conselho Nacional de Justiça age. Nós temos o maior grau de judicialidade do mundo pós-constituição de 1988, portanto o Judiciário precisa se reinventar”, explicou.


Robertta Farias – Dicom TJAL
imprensa@tjal.jus.br – (82) 4009-3240 / 3141