Geral 03/10/2019 - 20:58:17
Proteger religiões de matriz africana é cumprir a Constituição, ressalta Tutmés Airan
Presidente do Judiciário participou do Seminário Direitos Humanos e a Defesa das Religiões de Matrizes Africanas, nesta quinta-feira (3)

Desembargador Tutmés Airan discursa na abertura de Seminário sobre defesa de religiões de origem africana. Desembargador Tutmés Airan discursa na abertura de Seminário sobre defesa de religiões de origem africana. Foto: Adeildo Lobo.
Presidente do TJAL participa do Seminário Direitos Humanos e a Defesa das Religiões de Matrizes Africanas

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan, participou nesta quinta-feira (3) do Seminário Direitos Humanos e a Defesa das Religiões de Matrizes Africanas. Ele enfatizou que proteger os terreiros e os praticantes dessas religiões historicamente perseguidas é cumprir a Constituição Federal do Brasil.

“Através de atos como esse (o seminário), a gente reaviva um dos fundamentos centrais da constituição republicana de 1988, que é a defesa das liberdades. Nesse caso, uma liberdade humana absolutamente singular e importante, que é a liberdade da religiosidade”, afirmou o presidente.

Tutmés Airan lembrou que o Judiciário pretende moldar uma vara criminal específica para crimes praticados contra populações vulneráveis, como os integrantes de religiões de matriz africana.

O evento continua na sexta-feira, das 9h às 12h, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Centro de Maceió. Promovido pela Comissão de Promoção da Igualdade Social da Seccional Alagoas da OAB, o encontro visa discutir com lideranças religiosas estratégias de construção e consolidação de redes de proteção, tendo em vista especialmente os recentes ataques sofridos em terreiros.

Para o presidente da OAB/AL, Nivaldo Barbosa, o momento mostra “a força da Ordem e do Tribunal de Justiça em defesa da cidadania, da tolerância, do respeito entre as pessoas”. “É preciso sim incentivar o pluralismo religioso, ideológico. As pessoas precisam conversar mais”, disse.

Célio Rodrigues, o Pai Célio, parabenizou o Tribunal de Justiça por abrir o diálogo e tentar compreender as demandas de sua comunidade. “Em pleno século XXI, não se admite que grupos venham atacar os terreiros. Eles destroem nosso patrimônio cultural e religioso, que são os nossos assentamentos, nossas ligações energéticas com a nossa natureza. É necessário que a gente procure os nossos direitos”.

O evento conta com o apoio do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e da Rede Alagoana dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.


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