Presidente do TJ conhece estrutura e ações da Superintendência de Medidas Socioeducativas
Local tem hoje cerca de 340 adolescentes, de 12 a 21 anos, em conflito com a lei
Tutmés Airan conheceu os espaços da Sumese, em visita nesta quarta-feira (9). Foto: Adeildo Lobo
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan, visitou, nesta quarta-feira (9), a Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió. O desembargador conheceu a estrutura e as ações desenvolvidas no local, que tem hoje cerca de 340 jovens em conflito com a lei.
“A aproximação do Judiciário com a administração do sistema é muito importante. Esses jovens precisam de um olhar especial, humanizado, que possibilite cortar o cordão umbilical que os liga ao sistema prisional”, afirmou Tutmés Airan.
O local acolhe jovens de 12 a 21 anos para o cumprimento de medidas socioeducativas em unidades de internação. De acordo com a superintendente Denise Paranhos, os adolescentes estão lá por envolvimento em atos infracionais graves.
“Para receberem a privação de liberdade é porque cometeram atos infracionais graves, relacionados por exemplo a roubo com arma e homicídio”, explicou.
Ainda segundo a superintendente, o local completou um ano sem fugas. “Passamos por um processo de mudança muito significativo. Hoje conseguimos implantar a socioeducação como deve ser. Até então, a prática e a política eram de sistema prisional. Isso tem nos dado bons resultados”.
Os jovens estudam, praticam atividades físicas e têm atendimento com médicos, psiquiatras e dentistas. “É dessa forma que conseguimos mudar essas vidas e hoje somos referência nacional, inclusive já recebemos visitas de vários estados”, destacou.
O que também tem contribuído para a recuperação dos adolescentes é a prática da Constelação Familiar, que busca auxiliá-los na identificação da origem de seus problemas. O jovem S.N.S, de 17 anos, considera a prática positiva. “Eu cheguei aqui revoltado, inseguro, sem saber o que fazer da vida. Hoje eu sou outra pessoa”, disse o adolescente, que sonha em ser psicólogo e está escrevendo um livro sobre sua passagem pelo local.

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