Médica palestra sobre novos tratamentos no Fórum de Judicialização da Saúde
Juiz Carlos Cavalcanti, que também participa do evento, ressaltou que a judicialização não pode ser vista como um problema
Médica Bruna Peghoretti Rosa palestrou sobre sobre a incorporação de novas tecnologias aos tratamentos de saúde, no âmbito do Judiciário. Foto: Adeildo Lobo
A oncologista e diretora da Área de Inteligência Médica da Kantar Health, Bruna Peghoretti Rosa, palestrou na manhã desta sexta-feira (25), durante o Fórum de Judicialização da Saúde, sobre a incorporação de novas tecnologias aos tratamentos de saúde, no âmbito do Judiciário.
Ela defendeu que os médicos devem avaliar se de fato convém solicitar à Justiça o tratamento mais moderno. “Uma coisa que é importante frisar é a magnitude do benefício. O médico tem que estar muito ciente, e ela tem que ser passada para o usuário daquele produto para os dois decidirem em conjunto se a judicialização é o melhor caminho, se realmente aquela tecnologia é tão melhor assim do que já existe disponível”.
A médica salienta que, muitas vezes, o próprio especialista desconhece a crítica das consequências clínicas e o protocolo é fundamental para entender qual a necessidade real do paciente e o que seria mais apropriado para o tratamento.
O presidente do Comitê Estadual de Saúde de Alagoas, juiz Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho, considera que a judicialização não pode ser vista como um problema, mas que a racionalização é necessária para facilitar o trabalho. O magistrado ressalta que o tema é interdisciplinar.
“O Judiciário ainda está se capacitando para soluções com os Natjus, núcleos de apoio técnico formado por profissionais da área médica, que dão um suporte técnico, como responder, por exemplo, se a medicação é necessária, se existe outro medicamento igual de valor menor, quando isso pode ser feito, quando não deve ser feito. Todas essas questões são levadas ao Judiciário para tomar uma decisão liminar, e depois a análise do mérito”.
Thaynara Monteiro - Dicom TJAL
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