TJAL na Bienal 09/11/2019 - 21:15:35
Magistrada Carolina Valões explica o trabalho da Justiça Restaurativa na Bienal do Livro
Violência doméstica e atitudes que podem ajudar as vítimas também foram expostas para o público composto por mulheres e homens

Juíza Carolina Valões também falou sobre ações educativas para evitar casos de violência doméstica. Foto: Caio Loureiro Juíza Carolina Valões também falou sobre ações educativas para evitar casos de violência doméstica. Foto: Caio Loureiro

A juíza Carolina Valões conversou, neste sábado (9), sobre violência doméstica e o trabalho realizado pela Justiça Restaurativa no Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital. O bate-papo ocorreu na 9ª Bienal Internacional do Livro em Alagoas, no estande de Escola Superior da Magistratura de Alagoas e da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis).

Em março de 2018, a Justiça Restaurativa foi implantada no Judiciário alagoano, em parceria com o Núcleo de Práticas Jurídicas do Centro Universitário Tiradentes (Unit), com o objetivo de prestar um atendimento humanizado para as partes envolvidas em processos de violência doméstica, com foco no empoderamento da vítima e na conscientização do agressor. O programa é capitaneado pelo juiz José Miranda e coordenado pelas magistradas Carolina Valões e Marcella Garcia.

“Naqueles casos em que a vítima opta por seguir adiante no relacionamento e em casos em que há filhos, os processos são enviados para a Justiça Restaurativa após uma triagem realizada pela equipe multidisciplinar. Nasce, então, um procedimento paralelo de cuidado, de trabalho humanizado, esperando que ao final haja o rompimento do ciclo de violência que aquele homem agressor dentro do processo judicial não venha a reiterar, seja em relação àquela mulher, seja em relação a qualquer outra mulher com quem ele venha a se relacionar”, explicou a juíza.

Público conheceu um pouco do trabalho realizado pela juíza Carolina Valões na Justiça Restaurativa. Foto: Caio Loureiro

Segundo a magistrada Carolina Valões, é importante trabalhar esse tema fora do recinto do Poder Judiciário para educar e conscientizar mulheres, homens e crianças sobre o que é violência doméstica e que atitudes podem ser tomadas para ajudar as vítimas.

“Precisamos conscientizar as mulheres de que elas podem estar passando por uma situação de violência doméstica. Também precisamos tratar desse assunto junto a homens numa linguagem no sentido educacional, não só de repressão como a gente faz dentro dos processos judiciais, mas principalmente fazer um trabalho preventivo. Por isso que é importante que nós consigamos juntar nesse mesmo evento, um público que reúna pessoas de baixa idade, mulheres e homens”, disse.

Para a professora universitária e servidora pública federal, Valeria Cipriano, de 28 anos, a roda de conversa foi um momento muito esperado na Bienal do Livro devido ao alto número de casos de violência doméstica no país.

“Eu achei excelente o tema abordado, pesquiso nessa área há muitos anos e fico feliz em ver esse tema sendo divulgado nesse tipo de formato, as pessoas ficam à vontade para perguntar e tirar as suas dúvidas”, falou.

Robertta Farias – Dicom TJAL
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