Juízes devem ser ‘pessoal dos direitos humanos’, diz magistrado
Marcelo Semer, do TJ de São Paulo, palestrou durante sessão solene em celebração ao Dia dos Direitos Humanos no TJAL
Juiz Marcelo Semer palestrou durante evento alusivo aos 71 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Foto: Caio Loureiro
O juiz Marcelo Semer (TJSP) afirmou, nesta
terça-feira (10), em sessão solene para lançamento da
Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL, que o Judiciário não
pode ser omisso na defesa dos Direitos Humanos. “Normalmente, quem
se dedica a esse trabalho recebe um certo ar pejorativo: ‘esse
pessoal dos direitos humanos’. Eu diria que os juízes são e
jamais devem deixar de ser ‘esse pessoal dos direitos humanos’”,
afirmou.
O
magistrado também valorizou o zelo do Judiciário de Alagoas para
com a questão dos direitos humanos. “A preocupação que o
Tribunal de Justiça de Alagoas tem demonstrado com os direitos
humanos, estabelecendo a Coordenadoria de Direitos Humanos, o debate,
investindo em capacitação. Condutas como essa equivalem a uma
espécie de autocrítica: nós podemos fazer mais”,
elogiou.
Tutmés: direitos são conquista da
civilização
Para
o presidente do Judiciário alagoano, desembargador Tutmés Airan,
nos últimos anos a sociedade tem se afastado dos valores
relacionados aos direitos humanos e se aproximado dos discursos de
ódio. Para o desembargador, o evento desta terça-feira, em alusão
aos 71 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é
importante para dar visibilidade ao que é de direito de todos e
promover a igualdade.
“Nesse momento, a gente reafirma o nosso compromisso com os direitos humanos, como direito de todos, sejam de homens que andam direito, sejam de homens que eventualmente afrontam as normas de convivência. Direitos de todos como uma conquista da civilização”, explica Tutmés.
Uma
das iniciativas do Judiciário alagoano acerca do tema foi a
assinatura da portaria nº 2.629, que lança a Coordenadoria dos
Direitos Humanos do TJAL. O presidente Tutmés Airan também anunciou
o lançamento de editais que vão financiar pesquisas relacionadas
aos direitos humanos via bolsa de estudo, através do programa
Justiça Estratégica.
Renan Filho: garantia do direito
de todos
Ainda na solenidade, o governador Renan
Filho sancionou a lei que altera a competência material da 13ª e
14ª Varas Criminais da Capital, que serão específicas para o
combate aos ataques contra as minorias, como negros, índios e LGBTs.
Segundo Renan, em tempos de extremismo, é preciso promover a união
da sociedade, garantir direitos a quem não tem, e permitir que as
minorias tenham o direito de se expressar.

Governador sancionou lei que altera competência material da 13ª e da 14ª Vara Criminal da Capital. Foto: Caio Loureiro
O evento
contou com a presença de representantes dos Três Poderes, da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB/AL), da Universidade Federal de Alagoas
(Ufal), entre outras instituições.
Thaynara
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