‘Convivência faz brotar o afeto’, destaca juíza em entrevista sobre apadrinhamento
No ‘Beabá da Justiça’ desta semana, Fátima Pirauá explica a importância do projeto do Judiciário que tem dado mais chances a crianças e adolescentes de serem adotadas
“No abrigo, por melhor que ele seja, não tem a convivência familiar e comunitária que é importante para o desenvolvimento das crianças e adolescentes. A convivência faz brotar o afeto e fortalece esse laço de afetividade”, destacou a juíza Fátima Pirauá, titular da 28ª Vara Cível da Capital, em entrevista para o programa de Podcast “Beabá da Justiça” desta semana.
O programa de apadrinhamento foi instituído, em 2016, pelo Tribunal de Justiça de Alagoas e conta com três opções: afetivo, financeiro ou social. O objetivo é proporcionar chances a crianças a partir dos seis anos de idade e adolescentes a conviverem com famílias, serem beneficiadas com algum serviço social ou ainda com o patrocínio de cursos, capacitações profissionalizantes ou prática de esportes.
A magistrada Fátima Pirauá contou que apadrinhamento afetivo, que leva a criança ou o adolescente para experimentar a convivência familiar, é o mais importante e que as pessoas podem apadrinhar sem nenhum compromisso de adotar, muito embora isso possa resultar numa adoção.
“Nós já tivemos alguns casos de sucesso e bastante conhecidos lá na vara até porque todos nós torcemos muito por essas crianças e adolescentes. Tivemos casos de meninos e meninas, com idades avançadas, que foram adotados depois do apadrinhamento”, contou.
Outro projeto do TJAL que visa incentivar a adoção de crianças mais velhas é o “Adoções Possíveis”, que apresenta, por meio de imagens, fotos e vídeos, as expectativas de crianças que tem mais de seis anos de idade, adolescentes, grupos de irmãos e infantes que apresentam algum tipo de enfermidade física ou mental, cuja destituição do poder familiar já foi decretada.
Confira a entrevista na íntegra do repórter Lucas Malafaia para o programa “Beabá da Justiça”.













