Coronavírus 27/03/2020 - 15:56:49
Teletrabalho: servidores relatam experiências sobre trabalhar em casa
Mesmo a distância, atividades das unidades da capital e do interior continuam sendo realizadas, dando seguimento à prestação jurisdicional

Alessandra Vasconcelos é servidora da 8ª Vara Criminal de Arapiraca. Alessandra Vasconcelos é servidora da 8ª Vara Criminal de Arapiraca.
Servidores da Justiça mantém andamento de processos através do teletrabalho

Como forma de evitar a propagação da Covid-19, desde o último dia 20, juízes e servidores do Judiciário de Alagoas estão realizando suas atividades temporariamente em casa, por teletrabalho. Além dos magistrados, que já contaram suas experiências com o home office, servidores também mostram que a Justiça alagoana continua funcionando nesse período de distanciamento social.

A analista judiciária Roberta Gonzaga, da 1ª Vara Cível da Capital, explica que a unidade está realizando todos os cumprimentos, mas priorizando casos emergenciais. “Procuro trabalhar nas filas de decisão, despacho e sentença, cumprindo os processos com meu sequencial, fazendo mandados urgentes, como liminares de saúde e corte de energia, e também expedindo cartas e alvarás. Enfim, tentando ao máximo dar resposta à sociedade”.

De acordo com Roberta, a instabilidade da conexão com a internet foi um desafio. “O suporte [da Diretoria Adjunta de Tecnologia da Informação] está dando toda a atenção, resolvendo esses problemas iniciais, e então o trabalho flui”, ressalta.


Roberta Gonzaga, da 1ª Vara Cível da Capital: "Procurando ao máximo dar resposta à sociedade".

Para a chefe de secretaria da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, Alessandra Vasconcelos, o teletrabalho foi essencial para manter a qualidade e celeridade das atividades. “A virtualização do Judiciário alagoano foi um grande avanço tecnológico, porque, se assim não fosse, não teríamos nesse momento como proporcionar o acesso à justiça das diferentes camadas da população, nem como prestar os nossos serviços com maior qualidade e transparência aos jurisdicionados”, afirma. 

Mudanças de rotina 

A chefe de secretaria da Comarca de São José da Laje, Jeysiany Cabral, revela que seu maior desafio foi manter a rotina. “Realizo, dentro do possível, todas as atividades habituais, priorizando a baixa de processos e verificação de filas de trabalho. Mas estou conseguindo, mantendo o horário habitual de trabalho como se estivesse no Fórum. Fui nomeada recentemente, depois da virtualização, mas acredito que o fato de os processos serem digitalizados está ajudando muito na continuidade das atividades”, conta.


Jeysiany Cabral manteve o horário de trabalho em casa, como se estivesse no Fórum


A analista judiciária da Comarca de Matriz de Camaragibe, Ana Penélope Sampaio, também contou sua rotina. “Abrimos o SAJ ao acordar e damos cumprimento aos processos da comarca. Mas creio que estamos dando conta do recado. Lógico, que com mais esforço e união. Contamos com um juiz presente, mesmo a distância, Dr. Douglas Beckhauser, que criou um grupo entre os funcionários e conduz com maestria a situação, sabendo retirar o máximo possível de nosso trabalho”.

O analista especializado em conciliação Alexandro Negrão Pereira, da Comarca de Girau do Ponciano, explica que as atividades de solução de conflitos também continuam sendo realizadas.  “Como trabalho em audiências acompanhando os magistrados, caso necessário, vou ao fórum para a realização de audiências urgentes”. 

E continua: “A sociedade pode ficar tranquila que estamos trabalhando. Entendemos as necessidades das pessoas e sabemos que temos uma responsabilidade muito grande com cada um dos autos processuais. Sempre buscando promoção de equidade e justiça”, conclui.


Alexandro Negrão: "A sociedade pode ficar tranquila que estamos trabalhando".

Winícius Correia - Dicom TJAL
imprensa@tjal.jus.br