Coronavírus 13/07/2020 - 17:18:58
Para presidente do TJAL, ECA incorporou compromisso da sociedade com crianças e adolescentes
Além de Tutmés Airan, live sobre os 30 anos do ECA contou com a participação da juíza Fátima Pirauá e da promotora de justiça Marluce Caldas

Live foi conduzida pelo repórter André Risco, da TV Tribunal. Live foi conduzida pelo repórter André Risco, da TV Tribunal.
Nos 30 anos do ECA, Tutmés destaca ações do TJAL em prol das crianças e adolescentes

No dia em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 30 anos de existência, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) debateu os avanços trazidos pela legislação em live, promovida nesta segunda-feira (13), no Instagram, com o presidente Tutmés Airan de Albuquerque, a juíza Fátima Pirauá e a promotora de Justiça Marluce Caldas.

De acordo com o chefe do Poder Judiciário de Alagoas, o ECA trouxe uma mudança conceitual importante e incorporou o compromisso da sociedade com as crianças e os adolescentes. ''A sociedade deixou de enxergar a criança e o adolescente como um objeto e passou a enxergá-los como sujeitos de direito'', disse.

Tratada como prioridade, assim como estabelece o ECA, a área da infância e juventude no Judiciário alagoano vem ganhando cada vez mais espaço. O desembargador Tutmés Airan explicou que quando assumiu o comando do TJAL ficou intrigado com a realidade das crianças mais velhas e dos adolescentes, que dificilmente seriam adotados devido à idade.

''Criamos a campanha Adoção Tardia, uma ação muito bonita, onde mostramos em vídeos emocionantes o sonho dessas crianças e adolescentes de terem uma família, uma oportunidade de ser feliz. Em virtude dessa campanha, várias crianças e adolescentes foram adotadas por alagoanos e por pessoas de outros estados também'', relembrou o presidente.

Ainda sobre as ações na infância e juventude, Tutmés Airan falou do estímulo à entrega voluntária dos filhos para o Poder Público e não para estranhos, a fim de que seja feito o trabalho para uma adoção segura. Falou também sobre a campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, a produção de cartilha com informações para evitar que esses crimes aconteçam, a criação de repúblicas para acolher adolescentes que ultrapassaram a idade de permanecer em abrigos e não teriam para onde ir enquanto arrumam um emprego, entre outros projetos do TJAL.

A juíza Fátima Pirauá, que atua na 28ª Vara Cível da Capital - Infância e Juventude, também destacou as ações que estão sendo realizadas em prol da proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. ''Quando o presidente Tutmés me convidou para a Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude, ele me disse que era prioridade absoluta em tudo'', revelou.

''O ECA é para aquelas crianças e adolescentes que a família falhou na garantia dos direitos. Nele foi estabelecido que os direitos são de responsabilidade da família, do Estado e de toda a sociedade. E ainda que a prioridade é absoluta. O melhor interesse da criança e do adolescente deve ser sempre preservado, isso está acima do interesse do pai, da mãe. A família biológica é importante, mas só quando ela é capaz de criar com todos os cuidados'', frisou.

A magistrada também falou sobre os projetos Apadrinhamento e Jovem Aprendiz, que têm beneficiado crianças e adolescentes acolhidos em abrigos.

A última convidada da live, a promotora de justiça Marluce Caldas falou sobre sua satisfação em atuar na área e sobre o trabalho em parceria com o Poder Judiciário. ''Para mim é a realização de um sonho trabalhar na área da infância e juventude. Em 1997 foi a primeira área em que atuei. A princípio havia uma interpretação muito equivocada de que o ECA seria apenas para o menor infrator, e hoje nós chegamos no patamar de dizer que o ECA surgiu inovando e hoje ainda é uma legislação inovadora em defesa da criança e do adolescente'', disse.

Confira a live na íntegra no perfil @tjal.oficial, no Instagram.

Robertta Farias - Dicom TJAL
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