O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) deu posse a 54 profissionais contratados para compor as equipes multidisciplinares do Judiciário. Foram 23 assistentes sociais, 19 psicólogos e 12 pedagogos admitidos entre setembro e novembro de 2020, após aprovação em processo seletivo.

Os profissionais têm dado apoio a unidades da capital e do interior do estado. "A equipe multidisciplinar veio preencher uma lacuna histórica dentro do Judiciário. Ela faz um trabalho importante que é a confecção de laudos, essencial para os juízes", explicou o presidente do TJAL, desembargador Tutmés Airan.

O processo seletivo foi realizado em 2019 e organizado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e pela Escola da Magistratura (Esmal). "Ganha o Tribunal, que não tinha esse corpo técnico, ganha o profissional, que é inserido no mercado de trabalho, e ganha a comunidade, porque os processos andarão de forma mais rápida", afirmou o juiz José Miranda, coordenador do Nupemec.

A assistente social Raquel Mesquita dos Santos Ramos foi uma das empossadas. "Estamos aqui para colocar o nosso saber profissional, tudo o que aprendemos, em prol dos alagoanos", disse.

Claritiana dos Santos, também assistente social, ressaltou que a sociedade vai poder contar com o que há de melhor em cada um dos contratados. "Estamos cientes da responsabilidade. Firmamos o compromisso de nos dedicarmos, de darmos o nosso melhor e de contribuir para a população, que tanto precisa, para que seja melhor atendida, assistida e acompanhada". 

Segundo o presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juiz Sóstenes Andrade, a formação das equipes multidisciplinares era um pleito antigo da categoria. Na avaliação dele, os profissionais são importantes porque dão mais embasamento técnico para a tomada de decisões. 

"Eles ajudam de forma bastante efetiva e positiva nos deslindes, nas conclusões dos processos. Os juízes da área de Família, da Infância ou de qualquer outra, que precisem de um parecer técnico, terão esse profissional para auxiliá-los, fazendo com que o magistrado possa decidir com mais propriedade. Isso contribui para a efetiva prestação jurisdicional", reforçou.