Juíza reconhece importância de vídeos para facilitar adoção tardia em Alagoas
Projeto Adoções Possíveis, produzido pela Diretoria de Comunicação do TJAL e pela Coordenadoria da Infância e Juventude, já ajudou jovens a encontrarem um lar
"A alegria quando se concretiza a audiência de adoção é estampada no rosto de todo mundo", destacou a coordenadora da Infância e Juventude de Alagoas, juíza Fátima Pirauá, ao falar sobre a importância do projeto Adoções Possíveis. O trabalho incentiva adoções tardias por meio de vídeos produzidos pela Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
Em entrevista à TV Tribunal, a magistrada também afirmou que o projeto é um marco para as adoções em Alagoas e que, hoje, mais cinco adolescentes já estão em processo de adoção graças aos vídeos. As produções foram realizadas apenas com aqueles que manifestaram interesse em participar do projeto e foram autorizados pela juíza Fátima Pirauá.
Se não tivesse feito isso, muitas dessas crianças e adolescentes estariam no abrigo, não estariam em uma situação de convivência com a família que pretende adotá-las. Faz uma grande diferença. Promover esse encontro e ser para o resto da vida dessas pessoas é uma coisa bastante emocionante", conta a magistrada.
No Lar Batista, em Maceió, moram 13 meninas de sete a 14 anos. No local, foram realizados quatro vídeos. Três deles resultaram em adoções. Maria Clara da Silva, de 12 anos, está morando em Recife. Ela foi para a casa dos novos pais em junho deste ano. Laiana Caroline, de nove anos, vive em João Pessoa, na Paraíba. Sua adoção completou um ano em outubro.
Já Ane Caroline, de 13 anos, está morando em Mogi Mirim, interior de São Paulo. A psicóloga Denise Barros lembra que um dos casais pretendia adotar um bebê, mas ao assistir ao vídeo da Ane Caroline mudou de ideia.
Eles se permitem visualizar o vídeo, conhecer a história daquela menina e quando eles vêm para a instituição conhecê-la pessoalmente, até veem as outras crianças, mas eles já estão com um vínculo inicial de aproximação com aquela que conheceram um pouco mais a partir do vídeo produzido contando a história dela", afirma.
A assistente social da instituição, Suellen Cardel, revela que as crianças se tornaram mais esperançosas a partir do sucesso do projeto. "Elas viram que três das nossas, depois da gravação do vídeo, foram contempladas com uma família. Então deu uma nova esperança, um novo gás, para que elas percebam que a chance delas não acabou com o acolhimento, mas que com essa visibilidade, elas também podem sonhar que a família vai chegar".
O diretor de comunicação do TJAL, jornalista Maikel Marques, abraçou a ideia logo que recebeu a proposta. Ele conta que as equipes de reportagem produziram, até agora, um total de 12 vídeos em vários abrigos do estado. Juntos eles somam mais de 10 mil visualizações.
"Dos diversos produtos que a Diretoria de Comunicação gera, este é um dos que deixa muito claro a importância da comunicação como instrumento transformador de vidas. Imagine uma pessoa que vive em um abrigo, tem poucas perspectivas, na cidade onde está o abrigo não tem ninguém interessado nela, e um vídeo consegue despertar o interesse de pessoas em outras regiões", explica.














