TV Tribunal conta história da amorosa família do João; veja vídeo!
Adotado com quase cinco anos de idade, o menino trouxe mais amor à vida do casal Ticiana Leal, fisioterapeuta, e David Buarque, médico
“A mamãe é muito legal, amorosa, me abraça, me dá beijo e o papai é a mesma coisa, me abraça, me dá beijo, é amoroso. Eu sou feliz com eles”. A descrição é do pequeno João, de pouco mais de cinco anos, sobre sua nova família. Adotado pela fisioterapeuta Ticiana Leal e o médico David Buarque, em maio de 2020, João descobriu que adora passear e ir à praia com seus pais. Assista ao vídeo da TV Tribunal.
“O João foi extremamente desejado. Eu e o pai do João já tínhamos esse planejamento de termos uma família por meio do laço do coração, a família precisava ser formada pelos laços da verdade. Então entramos com o processo e no ano passado, o telefone tocou e apareceu o João”, contou a fisioterapeuta.
Opção pela adoção
Diferente da maioria dos adotantes, o casal não tentou engravidar antes de procurar a adoção, esta foi a primeira opção para aumentar a família. Em 2018, Ticiana e David já revelavam quais eram suas expectativas com a adoção para a Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas. Clique aqui e relembre.
“Sempre foi um desejo meu e do David, então não houve dor, não houve o que escolher, houve o que decidir. Nós já estávamos dentro do panorama profissional e econômico já estabilizado e vimos que seria o momento de aumentar a nossa família. Não houve ansiedade, nós gestamos do jeito que escolhemos e que isso para a gente foi tratado com muita tranquilidade”, revelou a fisioterapeuta.
Na fila da adoção
Mesmo após a adoção do João, os dois voltaram para a fila do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e estão há mais de um ano em busca aumentar ainda mais a família. Sobre adotar uma criança mais velha, Ticiana contou que não há muita diferença por causa da idade, já que a chegada de mais um membro na família muda toda a vida do casal.
“Hoje nós temos um desafio um pouco mais com por exemplo a questão escolar, alimentar, de saúde e a gente corre um pouco mais atrás, mas também não seria muito diferente em outra situação. Os desafios são muito próximos”, esclareceu.

Registro do primeiro encontro dos pais com o filho João. Foto: Arquivo pessoal
Testes e desafios
Ticiana também contou que a adoção exige dos pais muita persistência e carinho para conquistar a confiança da criança, que em muitos casos têm medo de não serem amadas de verdade e para descobrir testam os pais.
“Vai vim sim a teimosia, o enfrentamento, as vontades, vai vir aquela fase que nós falamos muito e é extremamente verdadeira, que é a de testar. ‘Até onde eu vou testar para saber que o amor existe?’ Isso é muito perceptível. ‘Até que ponto eu vou para saber se realmente me amam?’. A gente precisa ter um olhar de que não é pessoal, ele só quer saber se pode realmente entregar o coração e não vai ser deixado”, exemplificou a mãe do João.
Além dos julgamentos por não quererem gerar e sim adotar seus filhos, Ticiana revelou que também escutam comentários preconceituosos em relação ao João. “A adoção faz gente pensar muito diferente, acabam que as pessoas olham e falam que é muita excentricidade adotar uma criança maior e negra. E eu digo que não, que é muito amor. O amor não tem tamanho e nem cor. Eu e o João temos de parecido o nosso sorriso. E o coração dele é igual ao do papai. Então ele é da gente”, disse emocionada.













