Pais de Pedrinho contam como receberam a ligação avisando do nascimento do filho
Ester Carvalho e Arnaldo Ferreira esperaram por mais de cinco anos pela chegada do filho e tiveram uma bela surpresa em plena pandemia
Ester e Arnaldo durante a comemoração de 11 meses do Pedrinho. Foto: Arquivo Pessoal
A surpresa de uma ligação mudou para sempre a vida dos jornalistas Ester Carvalho e Arnaldo Ferreira. Inscritos no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) há mais de cinco anos, o casal demorou a entender que era a assistente social do Poder Judiciário que estava do outro lado da linha avisando a chegada do tão esperado filho, em junho de 2020. A história completa você pode acompanhar na reportagem de Camilla Cahet para o Podcast TJAL.
“Eu já tinha cinco filhos, ela ainda não tinha nenhum e estava querendo ser mãe. A gente tentou até inseminação artificial, mas não evoluiu. A partir daí nós discutimos, vimos algumas possibilidades e algumas reportagens de pessoas que estavam adotando e nós decidimos procurar o caminho da legalidade”, contou Arnaldo Ferreira.
Os dois já estavam juntos há mais de 20 anos quando o Pedrinho chegou quando eles menos esperavam, em plena pandemia, no isolamento social.
“Foi aí que no dia 19 de junho do ano passado, no auge da pandemia, o telefone de Arnaldo tocou e era a assistente social. Primeiro a gente não reconheceu, achou estranho, pensou que era um trote porque foi dizendo que nosso filho tinha nascido. Ela perguntou como a gente estava, se estávamos em isolamento porque tinha que estar e depois a gente se tocou quem era que estava falando com a gente”, relembrou Ester.
A ligação ocorreu um dia antes do Judiciário entrar em recesso, o casal precisou se apressar para buscar o filho ainda na maternidade e sem nada do enxoval pronto. Mas a boa notícia contagiou os irmãos mais velhos da criança, familiares, amigos e vizinhos, quando os pais voltaram para casa, Pedrinho já tinha tudo que precisava em seu novo lar.
“A gente não tinha uma frauda, porque como nosso perfil era de criança até três anos, não tinha como fazer um enxoval sem saber qual a idade que ela chegaria. Nesse momento foi um verdadeiro milagre porque de repente todo mundo se mobilizou. Foi varal na porta de casa para lavar roupinha de bebê, um vizinho arrumou um berço, o outro arrumou uma cadeirinha, outro arrumou uma mantinha. Em pouco tempo, ele tinha até leite materno doado por uma amiga nossa que tem um bebezinho um mês mais velha do que ele”, contou a mãe impressionada.
Destinados
Para Ester Carvalho, Pedrinho nasceu destinado a ser filho deles. O sentimento de certeza e a gratidão a pessoa que gerou e deu a luz a seu filho estão presentes na vida da mamãe. A emoção foi tamanha que Ester passou a ter leite para amamentar seu filho.
“Era um bebezinho com menos de um mês, então não foi só ele que nasceu não. Naquele momento eu nasci mãe. O Arnaldo já tinha filhos e já sabia o que era ser pai, mas eu não sabia o que era ser mãe. Então, naquele instante eu nasci para ele e ele para mim. Eu tenho certeza que ele nasceu para ser meu filho e eu nasci para ser mãe dele”.
Arnaldo Ferreira também contou que Pedrinho sempre existiu para sua família, já que pensavam nele em todos os momentos, desde uma saída para um almoço ou todas as noites antes de dormirem. “A gente sempre falou desse nosso filho como se ele já existisse, não teve muita novidade quando ele chegou. O que tem é muito amor dele para a gente e da gente para ele”, disse.














