TJAL estuda utilizar inteligência artificial desenvolvida pelo STJ para analisar recursos especiais
Representantes dos dois tribunais se reuniram, nesta sexta-feira (21), para tratar do compartilhamento da tecnologia
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) estuda utilizar o sistema de inteligência artificial Athos, desenvolvido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), para realizar o juízo de admissibilidade dos recursos especiais que estão pendentes, atualmente, de análise por parte do TJAL. A possível cooperação resultará em mais celeridade para processos que estejam nessa fase processual, além da otimização do trabalho humano.
Representantes dos dois tribunais se reuniram virtualmente, nesta sexta-feira (21), para dar seguimento ao compartilhamento de tecnologia. Ewerton Protázio, secretário especial da Presidência do TJAL, agradeceu ao STJ pela parceria.
“Por ordem do nosso presidente, desembargador Klever Loureiro, e também de nosso vice-Presidente, desembargador José Carlos Malta, nos foi solicitado o estudo de técnicas para a otimização do estoque de recursos excepcionais pendentes de admissibilidade. Com a missão, iniciamos o diálogo junto ao STJ, especialmente a partir do setor de tecnologia, que não deixou de envidar esforços para nos auxiliar nesta tarefa, inclusive se dispondo a apresentar o que lá existe de mais atual em inteligência artificial, bem como a avaliar a possibilidade de nos fornecer tal tecnologia via termo de cooperação”, detalhou Ewerton.
O servidor informou que o TJ, através da Secretaria Especial da Presidência, já encaminhou expediente solicitando a cooperação com o STJ, e pedido está em fase final de negociação.
A admissibilidade dos recursos especiais é feita pela Vice-presidência do TJ. Depois, o processo ainda passa pela Diretoria Adjunta de Assuntos Judiciários (Daajuc) do TJAL, que faz efetivamente a remessa ao STJ. A inteligência artificial deve ajudar o trabalho humano destes dois setores, como explica José Baptista, Diretor de Tecnologia da Informação do Tribunal.
“A gente resolve dois gargalos, um é análise de assertividade desses processos pela Vice-presidência. O outro é o encaminhamento e a classificação pelo Daajuc na hora de remeter os processos. Será muito proveitoso para o TJAL, para a sociedade e para o STJ, que vai receber um recurso especial já ‘pré-aceito’. A sociedade só tem a ganhar”, ressalta o chefe da Diati.
O assessor-chefe da Inteligência Artificial do STJ, Humberto Pradera, frisou que a Corte está à disposição para esse tipo de cooperação. “Eu acho que esse é um benefício de todos, a gente tem que fazer mais isso, compartilhar ideias, porque a gente acaba desenvolvendo a mesma coisa. Estamos à disposição para ajudar no que for possível”.
A parceria também permitirá a incorporação do aprendizado do Athos ao sistema de inteligência artificial Hércules, desenvolvido pelo TJAL em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Serão usados os dados referentes aos processos do TJAL remetidos ao STJ, ao longo do tempo.
As servidoras Adriana Mota Alcides, chefe de gabinete, Andréa Rios e Ana Beltrão participaram do encontro representando a Vice-presidência. Os professores Thales Vieira e Krerley Oliveira, do Laboratório de Estatística de Ciências dos Dados da Ufal, também estiveram presentes na reunião virtual.
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