Juíza Juliana Batistela defende fortalecimento de métodos consensuais de soluções de conflitos
Instrutora de cursos de formação de conciliadores e mediadores, magistrada conta como novos profissionais estão colaborando na Semana Nacional da Conciliação
Juíza Juliana Batistela
A juíza Juliana Batistela, instrutora de cursos de formação de conciliadores e mediadores, defendeu a importância de fortalecer os métodos consensuais de soluções de conflitos com ações como a Semana Nacional da Conciliação. A campanha do Conselho Nacional de Justiça teve início nesta segunda-feira (8) e segue até sexta-feira (12) em todo o Brasil.
“A expectativa é que a gente consiga, por meio do acordo, dar solução consensual a diversos litígios que estão judicializados no Poder Judiciário. Ainda estamos treinando novos conciliadores que fizeram o curso de conciliação e mediação e terminaram na semana passada. Eles estão agora realizando a parte prática, sendo supervisionados por nós professores do curso”, contou a juíza.
Para Juliana Batistela, na ação judicial a imposição de uma sentença do juiz nem sempre é suficiente para finalizar o conflito. “Nas ações de família, o Código de Processo Civil diz que todos os esforços devem ser empreendidos para que a questão seja resolvida de forma consensual, porque as relações familiares são duradouras. Então é importante que as partes saibam dialogar e eliminem o conflito pelo resto da vida, porque quando um conflito familiar é resolvido através de uma sentença, nem sempre essas partes efetivamente se reconciliam, às vezes ele até aumenta com a imposição de um juiz”.
A magistrada também destaca que a conciliação e mediação são ferramentas importantes para as pessoas e para o próprio Judiciário, que conseguem finalizar mais rapidamente suas demandas.
“Quando as pessoas participam ativamente da solução do conflito delas, isso permite que as pessoas reflitam um pouco sobre aquela situação, que abram mão de algo então ainda que não haja a mesma vitória que a parte teria quando ela ganha uma ação judicial, com a conciliação ela tem a oportunidade de uma solução mais célere e de resolver realmente a questão”.
Confira a entrevista da magistrada na íntegra para o Podcast do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
