“Nunca é cedo demais para discutir saúde mental”, afirma psicóloga para jovens estudantes
Poliana Amorim é voluntária do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE)
Foto cedida pelo PCJE
“É essencial discutir a importância da saúde mental, principalmente neste período em que estamos vivendo uma pandemia. Embora este momento tenha afetado demais a saúde psicológica de todos, afetou em específico a dos adolescentes”. A fala é da psicóloga e bacharel em Direito, Poliana Amorim, feita durante a palestra “Como cuidar da minha saúde mental?”, promovida pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE).
A ação ocorreu terça-feira (31) e teve como público-alvo os estudantes do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Prof. Mário Broad, localizada no bairro da Jatiúca, em Maceió.

Equipe do PCJE com a psicóloga Poliana Amorim e gestoras da escola Mário Broad. Imagem cedida pelo PCJE
Ao longo da palestra, a especialista pontuou sobre o conceito de saúde mental e explicou aos estudantes os sinais de um psicológico saudável. Ela também explicou como é importante estar bem consigo mesmo e em relação aos outros, ser capaz de lidar com adversidades da melhor forma possível e ser confiante.
A psicóloga falou a respeito dos sinais que surgem quando a saúde mental não vai bem. Segundo ela, é possível ocorrer até mesmo sinais físicos, como dores de cabeça e manchas pelo corpo. Ela ainda aconselhou os adolescentes a respeito do que pode ser feito para melhorar, enfatizando a importância de procurar ajuda profissional, por meio de um psicólogo ou psiquiatra.
“Além de tudo, também precisamos falar da importância da rede de apoio emocional. Eu digo a vocês que estejam atentos aos sinais e sintomas em vocês mesmos e nos amigos, na família, naqueles com quem vocês convivem. Todos podem ajudar uns aos outros” disse a profissional aos estudantes.

Imagem cedida pelo PCJE
Poliana Amorim ainda discutiu com os adolescentes sobre a importância de não julgar as pessoas que desenvolvem algum tipo de transtorno psicológico, como depressão, ansiedade ou síndrome do pânico, uma vez que ninguém está livre de ter sua saúde mental afetada.
Encerrando a palestra, a psicóloga comentou a respeito da internet e como o meio virtual, apesar de ser uma grande fonte de informação para manter a saúde mental em dia, também pode contribuir para prejudicar o psicológico dos indivíduos.
“A internet, as redes sociais e os jogos eletrônicos são fatores que podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de transtornos mentais. Muita gente acha que porque está atrás de uma tela, pode falar o que quiser, sem se importar com como o outro vai reagir”, concluiu a profissional, enfatizando que o uso excessivo de álcool e outras drogas também são fatores que podem ser prejudiciais à saúde mental.

A psicóloga explicou aos alunos os sintomas que podem indicar problemas relacionados à saúde mental. Imagem cedida pelo PCJE
Ao final do debate, a gestora da escola Mário Broad, Ana Maria Silva, afirmou que o debate a respeito da saúde mental precisa ocorrer desde muito cedo. Segundo Ana Maria, esse tipo de conhecimento é essencial e necessário.
“A maioria dos adolescentes nessa faixa etária, entre 14 e 16 anos, enfrenta problemas desde a infância, como desestrutura familiar, carência econômica e outras situações de precariedade socioemocional. Momentos como esse proporcionam conhecimento e oportunidade de buscar apoio, além da certeza de que eles não estão sozinhos”, concluiu a gestora.
Mauricio Santana - Ascom Esmal
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