Mulher 25/08/2022 - 19:00:47
Diretor do IML fala sobre mudanças no atendimento às vítimas de violência doméstica
Diego Nilo destacou a importância da parceria com Poder Judiciário, que viabilizou o atendimento de assistentes sociais às mulheres

Médico Diogo Nilo destacou a importância da parceria entre o IML e o Poder Judiciário no atendimento às vítimas. Foto: Maikel Marques Médico Diogo Nilo destacou a importância da parceria entre o IML e o Poder Judiciário no atendimento às vítimas. Foto: Maikel Marques

O diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas, Diego Nilo, apresentou as mudanças realizadas na instituição para realizar um atendimento humanizado às vítimas de violência doméstica enquanto são examinadas. O bate-papo foi realizado na Arena do Empoderamento Feminino, promovido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).   

“A gente precisou se adaptar porque a mulher que chega lá, chega extremamente vulnerável, vítima de violência doméstica ou sexual. Ela precisa ser ouvida, recebida, acolhida para poder fazer os procedimentos necessários porque é através desses procedimentos que a gente vai materializar a prova do que aconteceu com ela”, iniciou o médico legista.

Segundo Diego Nilo, além do investimento em infraestrutura que o IML recebeu, uma parceria com Poder Judiciário viabilizou assistentes sociais para atenderem as vítimas e prepará-las para a realização do exame de corpo de delito.

“As assistentes sociais fazem o trabalho de ouvir essa mulher quando ela chega, prepará-la para fazer os exames, fazem o diagnóstico de outras necessidades da mulher, porque às vezes ela vem do interior, de lugares que ainda não têm nenhuma estrutura do Estado, e chegando no IML, a assistente social identifica que ela precisa ir para uma casa de apoio, que precisa de medidas protetivas. Há uma série de procedimentos que a assistente social consegue identificar e direcionar para garantir um trabalho mais efetivo”, frisou. 

O médico também contou que, até um tempo atrás, as vítimas de crimes sexuais sequer tinham batas para usarem quando iam fazer o exame. “Hoje a gente já tem outra realidade, com todos os equipamentos, vestimentas, uma estrutura de acolhimento. A gente tem que se preparar para receber ela naquele estado de estresse e vulnerabilidade”, disse.

 

Foto: Maikel Marques

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