Mulher 29/08/2022 - 14:47:06
Ferrario reforça compromisso do TJAL na defesa dos direitos das mulheres
Desembargador representou presidente Klever em audiência pública sobre o Agosto Lilás, na Assembleia Legislativa (ALE)

Fábio Ferrario destacou que Judiciário atua para garantir os direitos das mulheres. Fábio Ferrario destacou que Judiciário atua para garantir os direitos das mulheres. Foto: Adeildo Lobo
O desembargador Fábio Ferrario ratificou, em sessão pública na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), a importância de as mulheres buscarem seus direitos junto ao Poder Judiciário de Alagoas.

"As mulheres não podem se calar. Devem buscar o Judiciário alagoano, que está para garantir todos os seus direitos", afirmou o desembargador, durante discurso na manhã desta segunda-feira (29).

Fábio Ferrario representou o desembargador Klever Loureiro, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), na audiência pública proposta pela deputada estadual Fátima Canuto.

"Temos, no Tribunal de Justiça, um compromisso perene com o avanço e com o progresso das mulheres", completou Ferrario, garantindo apoio do presidente Klever no combate à violência doméstica.

Ele disse ainda ter certeza de que o TJAL "está irmanado" no combate à violência contra a mulher. "Há um tempo novo é necessário o respeito ao direito das mulheres", finalizou o magistrado.

No início de agosto, a Coordenadoria da Mulher do TJAL lançou a campanha Superar é viver, com vídeos que mostram mulheres em situação de empoderamento após denunciarem seus agressores.

Nunca foi tão urgente agir

Intitulada "Agosto Lilás - Nunca foi tão urgente agir", a audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas reuniu representantes de diversos segmentos do Sistema de Justiça.

O procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto, cravou que o Ministério Público Estadual (MPE) tem avançado a passos largos na defesa e na proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.

Vanda Lustosa, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), reforçou o quão importante são as diversas leis de defesa dos direitos das mulheres, a exemplo da Lei Maria da Penha. 

A juíza aposentada do TJMG Maria Consentino palestrou avisando que uma mulher leva, em média, 12 anos para quebrar o ciclo de violência e denunciar seu agressor à Justiça.

"A Lei Maria da Penha empoderou as mulheres, mas é necessário treinar os operadores da lei", avisou, referindo-se à importância de um melhor acolhimento a vítimas de violência.


Tema da violência doméstica foi discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa, em Maceió. Foto: Adeildo Lobo

Milhares de pedidos de ajuda

Proponente da audiência pública, a deputada estadual Fátima Canuto relembrou que as mulheres ainda são minoria na política e até mesmo nos postos de gerenciamento em empresas privadas. "Alagoas é o estado do Nordeste com mais ligações para o 190 da Polícia Militar", lembrou a deputada, acrescentando que, em 2021, houve mais de 23 mil pedidos de ajuda à Polícia.

"É preciso agir, reagir a toda e qualquer forma de violência contra a mulher", clamou a parlamentar. Ela relembrou que 87% das vítimas de feminicídio são pretas ou pardas.

A representante do Centro de Diagnóstico e Imagem (Cedim) da Universidade de Ciências da Saúde (Uncisal), Kátia Born, avisou que qualquer médico pode identificar uma vítima de violência.

"Numa consulta, é preciso examinar braços e outras partes do corpo verificando se há algum sinal de violência. Ela pode ter sido espancada", alertou Katia Born.

Maikel Marques - Dicom TJAL
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