200 alunos do curso de Direito do Centro Universitário Mário Pontes Jucá assistiram, nesta segunda-feira (5), os desembargadores Tutmés Airan de Albuquerque, Fernando Tourinho e Orlando Rocha julgarem 10 processos da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). A aula prática foi realizada por meio do projeto Interagindo com a Comunidade Acadêmica.  

O desembargador Tutmés Airan, presidente da 1ª Câmara Cível, falou sobre o caráter pedagógico da sessão, que tem como objetivo mostrar o papel de cada um no julgamento e, inclusive, como os estudantes deverão se comportar no futuro como advogados.

“Ele vê efetivamente o que se espera do desempenho de um futuro advogado, a gente insiste que nesse tipo de sessão haja sustentação oral, para ver como fazer quando for sustentar. Na verdade, trata-se de uma grande ideia que acaba sendo um enorme privilégio porque, por exemplo, eu não tive essa oportunidade, aprendi fazendo e agora eles podem aprender inicialmente vendo”, comentou o desembargador.

De acordo com a secretária da câmara, Margarida Melo, levar todos os tipos de processos cíveis que são julgados pelo órgão ajuda os alunos a conhecerem a dinâmica das sessões. Outro ponto de destaque é que os desembargadores pontuam o porquê de cada julgamento, tornando a atividade didática e interessante.

“Trouxemos praticamente todos os tipos processuais que se julgam na Câmara. Foram colocadas remessas, apelações. Tivemos o prazer de termos sustentação oral em um mesmo processo, tanto por parte do procurador do Estado quanto por parte do advogado do particular. Tivemos também a presença de um advogado que veio para a leitura de voto, que é uma outra possibilidade do julgamento, o advogado tanto pode pedir a sustentação como pode pedir uma leitura de voto”, disse. 

A coordenadora do curso de Direito do UMJ, Adilza do Amaral, explicou que o projeto proporciona um aprendizado ainda maior do que se os alunos fossem até o TJAL. “Eles aprendem aqui o que eles não conseguem aprender numa sessão da câmara, porque ela é muito mais ágil e aqui os desembargadores explicam seu voto detalhadamente e isso já serve para a gente nas discussões em sala de aula”, contou.

Adilza do Amaral também destacou a participação de ex-alunos e a expectativa dos estudantes em participarem da atividade prática. “Tivemos alunos que aprenderam e voltaram quando souberam que ia ter de novo. É importante o que desembargadores passam para os nossos alunos, as turmas de agora já estavam nos perguntando se não iam ver os desembargadores aqui, ao vivo. A importância é esse acesso ao Tribunal que não existia antes”, falou.

Cursando o 8º período, Samy Alexandre contou que era a terceira vez que participava do Interagindo com a Comunidade Acadêmica e falou sobre as diferenças que pôde perceber após as experiências.

“Na primeira vez eu estava no primeiro período e eu não entendi nada. Não tive essa experiência que estou tendo hoje no oitavo período. Hoje eu consigo assistir e entender tudo o que eles estão falando ali. A iniciativa é espetacular, traz a experiência para o aluno sentir pessoalmente e isso é muito importante, você estando em casa, com fones de ouvido às vezes você acaba se perdendo, são muitas horas para assistir, mas aqui você tem uma noção, uma pausa, você vê as expressões de todos, isso é incrível”, avaliou o estudante.

Devido ao afastamento por motivos de saúde do desembargador Paulo Lima, integrante da 1ª Câmara, o desembargador Orlando Rocha foi sorteado entre os desembargadores das outras três câmaras cíveis do TJAL e compôs o quórum, substituindo o desembargador Paulo Lima. O Ministério Público Estadual foi representado pelo procurador de Justiça, Walber Valente.

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