Esmal 06/09/2022 - 16:06:02
Biblioteca e CCM celebram a diversidade no Sarau de Todas as Cores
Com participação da cantora Kel Monalisa, evento festejou as diferenças com muita música e poesia

Foto: Mauricio Santana

“Escolhemos esse formato de Sarau de Poesia e Música para abordar a pauta da diversidade com o intuito de aguçar a nossa sensibilidade diante dessa luta por direitos, por igualdade e por respeito, que não é só das pessoas LGBTQIA+, e sim de todos nós que sonhamos e que queremos construir uma sociedade mais justa, inclusiva e amorosa” Essas foram as palavras de Mirian Alves, diretora da Biblioteca Geral do Judiciário, em relação ao Sarau de Todas as Cores, realizado no último dia 1º, no Café Literário da Escola Superior da Magistratura (Esmal).
 

Público do sarau aproveitou momentos de música e poesia. Foto: Mauricio Santana

Com muita música e poesia, o sarau promovido pela Biblioteca, em parceria com Centro de Cultura e Memória (CCM), reuniu mais de 50 pessoas, entre servidores, estagiários e o público externo para celebrar as conquistas e direitos da população LGBTQIA+, contando com declamação de textos autorais e também de autores da comunidade LGBTQIA+, além de um pocket show da cantora alagoana Kel Monalisa.

Mirian Alves, diretora da Biblioteca do Judiciário, a cantora Kel Monalisa e Irina Costa, diretora do CCM. Foto: Mauricio Santana


Entre os que declamaram poemas e poesias, estavam a jornalista da Assessoria de Comunicação da Esmal, Carolina Amancio, a servidora e integrante do Programa Cidadania e Justiça na Escola, Luzia Rodrigues, e a estudante de biblioteconomia Rayanny Medeiros, estagiária da Biblioteca Geral do Judiciário. 

“Trazer essa discussão para um espaço como o Judiciário é conscientizar em relação ao preconceito contra as pessoas LGBTQIA+, além de agir como uma ferramenta contra o ódio e a discriminação. É muito importante para ecoar vozes dos escritores e escritoras LGBTQIA+”, afirmou Rayanny, que durante o sarau declamou um poema escrito por sua companheira. 

Rayanny Medeiros, estagiária da Biblioteca Geral do Judiciário. Foto: Mauricio Santana

Além de poesia e música, o sarau contou com a breve fala do servidor Pedro Montenegro, membro da Comissão de Direitos Humanos do TJAL. Pedro prestou homenagem ao ex-vereador Renildo José, que em 1993, no município de Coqueiro Seco/AL, foi perseguido, sequestrado e brutalmente assassinado por motivações homofóbicas. O caso chocou o país e foi denunciado à Anistia Internacional. 

Para a cantora e diretora do Centro de Cultura e Memória, Irina Costa, histórias como a de Renildo José devem ser preservadas e passadas adiante, para que a intolerância não seja repetida como no passado. Segundo Irina, a temática do sarau busca conscientizar o Judiciário no combate a preconceitos e violências.

“O objetivo é reforçar que nossa obrigação, enquanto cidadãos e enquanto instituição da justiça, é abraçar todas as diferenças e desigualdades para auxiliar no combate à intolerância e injustiça”, enfatizou a diretora do CCM.

O sarau foi finalizado com a canção “O que é, o que é”, do músico Gonzaguinha, na voz de Kel Monalisa e um coro dos participantes do sarau repetindo que a vida “é bonita, é bonita e é bonita”. Além da Biblioteca e do CCM, o sarau foi realizado em parceria com a Escola Superior da Magistratura (Esmal) e com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). O evento contou com o apoio do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Alagoas (Serjal).

Público do sarau em coro com a cantora Kel Monalisa. Foto: Mauricio Santana

“Tivemos o feito de reunir mais de 50 pessoas, quebrando paradigmas ao trazer essa discussão em forma de arte ao Poder Judiciário. Só por conseguirmos reunir todas elas para celebrar a diversidade, incluindo pessoas de fora do Judiciário, mostra que estamos no caminho certo e vamos continuar lutando por um mundo mais justo”, finalizou Irina Costa.


Mauricio Santana - Esmal TJ/AL

imprensa@tjal.jus.br - (82) 2126-5378