Clube do Livro inicia ciclo ‘Leia Mulheres’ debatendo obra de autora transgênero
Reunião discutiu a obra “O Parque das Irmãs Magníficas”, da atriz e escritora Camila Sosa Villada
Imagem cedida pelo Clube do Livro Direito e Literatura
"Uma obra que prende a atenção do início ao fim, dá visibilidade a pessoas marginalizadas, retratando uma realidade dura com uma linguagem sensível, poética e elementos de realismo mágico”. É o que disse o servidor Marcelo Ribeiro a respeito de ‘O Parque das Irmãs Magníficas’, da atriz e escritora transgênero Camila Sosa Villada. A obra foi selecionada para iniciar, no dia 7 de novembro, o ciclo ‘Leia Mulheres’, sexto ciclo do Clube do Livro Direito e Literatura.
A primeira reunião do ciclo foi realizada no Café Literário da Esmal e marcou o primeiro encontro de Marcelo como participante do Clube do Livro. O momento foi mediado pela diretora da Biblioteca Geral do Judiciário, Mirian Alves.
O livro narra trechos da vida própria autoria, vivenciados no Parque Sarmiento, na cidade argentina de Córdoba, onde Camila recorreu à prostituição como meio de sustento. Utilizando de elementos reais, fictícios e até mesmo fantásticos, a obra mostra a dualidade entre as alegrias de morar com suas colegas de profissão e a brutalidade da realidade na qual está inserida.
“O livro nos possibilita discutir essa realidade, além de dar visibilidade à escritora. Durante a reunião, também falamos do alto índice de homicídio de pessoas trans e sobre como a prostituição acaba sendo o único meio de sobrevivência, já que faltam oportunidades em empregos formais. Foi muito importante o Clube trazer essa leitura”, afirmou Rayanny Medeiros, estagiária da Biblioteca Geral do Judiciário.
O ciclo ‘Leia Mulheres’ foi idealizado pela curadoria do Clube do Livro Direito e Literatura, composta por Mirian Alves e o servidor Gustavo Tenório. Segundo a diretora geral da Biblioteca, a oportunidade de um ciclo apenas por autoras mulheres surgiu durante a seleção das obras.
“Enquanto selecionávamos os livros para esse ciclo, percebemos que só tinha um livro escrito por homem, os outros eram todos escritos por mulheres. Diante disso, vimos a oportunidade perfeita para um ciclo composto apenas por obras femininas, visando dar visibilidade às obras que abordam problemas sociais do ponto de vista de autoras mulheres”, concluiu Mirian.
As reuniões do Clube do Livro acontecem mensalmente, nas quais são discutidas uma obra diferente a cada mês. No próximo encontro, os membros debaterão o livro “Floresta é o Nome do Mundo”, da escritora estadunidense Ursula K. Le Guin.
Mauricio Santana – Esmal TJAL
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