Meio Ambiente 22/11/2022 - 13:10:24
Agricultores oferecem produtos sem agrotóxico em feira na frente do TJAL
Promovida pelo Núcleo Socioambiental do TJAL, a feira disponibiliza frutas, hortaliças, pães, biscoitos, panetones, bolos, doces e geleias

Crisiane Silva, produtora que participa da Feira Agroecológica do TJAL. Crisiane Silva, produtora que participa da Feira Agroecológica do TJAL.

Produtores de diversos segmentos da agricultura oferecem produtos orgânicos e sem o uso de agrotóxico na Feira Agroecológica em frente à sede do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), na praça Marechal Deodoro, nesta terça-feira (22). Frutas, hortaliças, pães, biscoitos, panetones, bolos, doces e geleias podem ser comprados nas barracas.

Crisiane Silva veio do município de Flexeiras para ofertar suas mercadorias, que incluem pães de batata doce, de macaxeira, de inhame, que não contém leite nem açúcar, e geleias de abacaxi com pimenta, de manga com maracujá, além de biscoitos de batata doce e noz moscada. Para o Natal, a agricultora oferece panetone de carne seca, de abacaxi e de goiabada.

Crisiane e outros membros da cooperativa produzem os alimentos a partir de receitas desenvolvidas por uma nutricionista. “O diferencial dos nossos produtos é que trabalhamos com tudo que plantamos. O agricultor precisa muito de feiras como essa, que nos fortaleça e valorize produtos sem agrotóxico, sem veneno. Não adianta a gente plantar e não ter onde vender”, apontou.

Orlando Batista comercializa mel das abelhas italiana e uruçu. A produção do alimento é totalmente familiar e natural. O comerciante explicou que o mel da abelha italiana é mais consistente, doce e muito usado no consumo diário, enquanto que o mel da abelha uruçu é raro, com apenas uma tiragem por ano.

“É um mel que, lamentavelmente, está ficando com a produção menor a cada ano, porque as abelhas estão sendo afetadas com as mudanças climáticas, principalmente com o desmatamento. O agricultor com o propósito de criar gado ou de plantar acaba derrubando as árvores, e as abelhas estão sofrendo com isso. Tem abelha até que morre por falta de alimento”, relatou Orlando.

O agricultor ainda apontou os benefícios de ter seus produtos ofertados na feira, como a divulgação e a ampliação da clientela. “Aqui acontece de vendermos e depois o cliente entrar em contato. Não basta termos apenas um produto de qualidade, também é necessário vendê-lo e deixar as pessoas satisfeitas com a compra”.

Fortalecimento do comércio local e da renda familiar

Promovida pelo Núcleo Socioambiental e pela Comissão Ambiental do TJAL, a feira ocorria de maneira semanal, mas a pandemia de COVID-19 paralisou a ação, e as fortes chuvas acabaram adiando algumas edições. Segundo o coordenador do núcleo, Alexandre Caiado, a retomada das atividades pretende fortalecer o comércio local.

“A feira é mais uma oportunidade para os agricultores colocarem seus produtos no mercado. A ação é de solidariedade e qualidade de vida, porque a saúde começa pela boca. Estamos proporcionando aos servidores e passantes acesso a produtos sem agrotóxicos, diretamente da terra. Ajuda também na geração de renda desses produtores”, explicou o coordenador.

Com comerciantes de Flexeiras, São Luís do Quitunde e União dos Palmares, o núcleo pretende trazer cooperativas e agricultores de outros municípios, como Joaquim Gomes e Branquinha. A Feira Agroecológica tem novas edições previstas para os dias 6 de dezembro e 24 de janeiro de 2023, sempre com início às 7h30 e término às 14h30.

Camisas

O modelo das camisas usadas pelos produtores da feira foi criado pela Diretoria de Comunicação (Dicom) do Tribunal de Justiça.


Mark Nascimento - Dicom TJAL
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