Juízes participam de curso de Neurociência promovido pela Esmal
Formação ministrada pelo professor Rosivaldo Toscano é último curso para juízes de 2022
Foto: Mauricio Santana
A Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) promoveu, entre os dias 9 e 13 de dezembro/12, o curso “O cérebro que julga: Neurociências para juízes”, para magistrados do Judiciário alagoano. A capacitação ministrada por Rosivaldo Toscano, também juiz e professor especializado em Neurociências e Cognição, marcou a última formação para juízes promovida pela Esmal em 2022.
O curso foi realizado em formato híbrido, com aulas ministradas na plataforma Zoom Meeting e no mini auditório da Esmal. Com carga horária de 20 horas, a formação visa levar os magistrados a compreender como as peculiaridades do funcionamento do cérebro interferem na tomada de decisão judicial, identificando fatores irrelevantes que podem interferir em tais decisões.
"Quando se é juiz, sua principal função é tomar decisões, mas essas decisões podem mudar toda a história de uma vida. Esse curso vem para apresentar uma melhor compreensão de como funciona o processo decisório, além de como evitar possíveis erros ocasionados pelas peculiaridades do funcionamento do nosso cérebro", explicou o professor Rosivaldo Toscano.

O professor Rosivaldo Toscano durante a capacitação. Foto: Mauricio Santana
Por meio de aulas expositivas e dialogadas, com exemplos práticos de como utilizar os conhecimentos adquiridos nas atividades jurisdicionais, o curso abordou temas como a anatomia cerebral, o raciocínio motivado e a relação entre fatores como gênero, idade e religião dos magistrados diante de decisões judiciais.
Para o juiz Andre Parizio, coordenador de cursos para magistrados da Esmal e participante da capacitação em neurociência para juízes, é importante saber que esses desvios de julgamento existem e como eles funcionam, para que assim seja possível evitá-los.
“O que despertou meu interesse pelo curso foi o fato da temática ser algo que interfere diretamente em nossas atividades diárias, nos convidando a refletir sobre nosso dia a dia para julgar. Através dessa reflexão, podemos evitar erros decorrentes dos chamados vieses cognitivos”, afirmou o magistrado.
O coordenador também falou um pouco a respeito dos cursos ofertados ao longo de 2022, que segundo ele, ultrapassaram as expectativas de toda a equipe da coordenação.
“O ano foi muito satisfatório, tanto na quantidade de cursos, quanto na diversidade de temas. Nesse último, procuramos trazer algo que atendesse a todos os juízes e juízas, independente da competência que atua. O curso foi muito elogiado pelos colegas que o fizeram, então encerramos o calendário com chave de ouro”, concluiu André Parizio.
Mauricio Santana – Esmal TJAL
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