O perfil das crianças e adolescentes que se encontram atualmente em instituições de acolhimento em Alagoas foi apresentado durante um bate-papo no 12º Encontro Estadual de Adoção do Poder Judiciário de Alagoas, iniciado nesta quarta (24), no Maceió Shopping.

A discussão foi conduzida por Rickelane Gouveia, que é coordenadora da Casa Lar, e Denise Barros, psicóloga do Lar Batista Marcolina Magalhães.

Segundo Rickelane Gouveia, é muito importante desmitificar a forma como as pessoas veem as crianças acolhidas em abrigos.

“Mostramos aqui as estatísticas, o perfil dessas crianças, faixa etária, etnia. Hoje temos uma faixa etária entre 10 e 17 anos, na maioria meninos. Estamos conseguindo desmitificar um pouco, a adoção tardia está sendo divulgada, temos pais que optaram pela adoção tardia e viram que não tem nenhum mistério”, explicou a coordenadora.

Denise Barros explanou que a maioria dos pretendentes tem interesse em um perfil específico de crianças, o que pode gerar demora na fila de adoção.

“O que demora não é a fila, mas o perfil que você escolhe. Não faça sua escolha baseada em mitos, pois quando a gente baixa a guarda, a gente se permite vivenciar a realidade. Estamos aqui enfatizando a importância de se conhecer a realidade de outros perfis de crianças”, enfatizou a psicóloga.

Mãe por adoção de um jovem com autismo severo, atualmente com 17 anos, Priscila Petroli ressaltou que a intenção sempre foi ser mãe, independente do perfil da criança.

“A minha intenção era ser mãe, e quando a gente engravida não temos a certeza de como a criança virá. Quando eu tive esse desejo de ser mãe de uma criança especial, sabia que tínhamos essa possibilidade de darmos um conforto e uma assistência que ela precisava, então não vimos obstáculos”.

De 24 a 26 de março, o Poder Judiciário de Alagoas promove o 12º Encontro Estadual de Adoção. O evento, no Maceió Shopping, conta com palestras, exposição fotográfica e plantão para tirar dúvidas sobre adoção e apadrinhamento. Confira aqui a programação.