 Assunto foi discutido com profissionais que atuam em hospitais e público geral. Foto: Adeildo Lobo
								Assunto foi discutido com profissionais que atuam em hospitais e público geral. Foto: Adeildo Lobo  
							 
											
							
							
													
																 
												
													
										
							
				
										
					“A sociedade aceita o pai que não quer ficar com o filho, mas não aceita quando é a mãe. Entregar a criança para a Justiça não é crime”, esclareceu a juíza Soraya Maranhão, idealizadora do programa “Mãe Consciente”, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), para o público do 12º Encontro Estadual da Adoção. De quarta (24) a sexta-feira (26), o Maceió Shopping foi espaço aberto para a população tirar todas as dúvidas sobre adoção.  
“A entrega de bebês para adoção é um direito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) só que um pouco desconhecido pela maioria das mulheres e o intuito hoje foi disseminar essa informação para os profissionais da rede de proteção e também para os profissionais de saúde porque eles são os primeiros a saberem quando a mulher manifesta esse desejo de entregar a criança para adoção”, disse a juíza.. 
A magistrada também frisou que a sociedade precisa acabar com o tabu de que todas as mulheres nasceram para ser mãe. Soraya Maranhão salientou o papel fundamental dos profissionais da área de saúde e social no atendimento das mulheres que não desejam exercer a maternidade.  
Juíza Soraya Maranhão, juíza idealizadora do projeto "Mãe Consciente". Foto: Adeildo Lobo
“A lei fala que a mulher deve ser encaminhada sem constrangimento, ser tratada de forma humanizada pelo profissional que a atende. Não pode ser feito nenhum juízo de valor, tem que atender sem nenhum tipo de preconceito para que não afaste essa mãe da Justiça, para ela não achar melhor entregar a famílias e promover adoções irregulares”, informou.
A coordenadora de Serviço Social do Hospital da Mulher Nise da Silveira, Rossany Ferro, participou da palestra e avaliou como fundamental a parceria com o Poder Judiciário para capacitar os profissionais que já atuam de forma humanizada.
“O mais importante é que hoje a mulher sabe que não é crime, porque ela tem esse suporte junto a Justiça. Quando essa entrega voluntária acontece a equipe técnica do Judiciário dá um suporte e isso é muito importante porque o fato de eu ter gestado, não me obriga a ser mãe”, comentou a assistente social.
Coordenadora do Serviço Social do Hospital da Mulher, Rossany Ferro. Foto: Adeildo Lobo
A tarde desta sexta também contou com um bate-papo sobre pós adoção e uma reunião sobre certificação de empresas engajadas na defesa dos direitos da Infância e Juventude. 
Diretoria de Comunicação - Dicom TJAL -  RF
imprensa@tjal.jus.br