Servidores dos Juizados da Mulher participam de curso sobre perspectiva de gênero
Capacitação aborda a atuação nas unidades, desde o atendimento até as triagens, medidas protetivas, audiências, expedientes e aplicação das boas práticas
Assessores e servidores que atuam no 1º e 2º Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher da Capital participam do curso ‘Fluxos e Procedimentos dos Juizados de Violência Doméstica, com ênfase no julgamento sob a perspectiva de gênero’. Promovida pela Escola Superior da Magistratura (Esmal), a capacitação iniciou na terça (1º) e finaliza nesta quinta (3), na sede das próprias unidades.
O curso aborda a atuação nos Juizados, desde o atendimento até as triagens, medidas protetivas, audiências, expedientes e aplicação das boas práticas, seguindo o protocolo de julgamento sob a perspectiva de gênero, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A juíza Eliana Machado, titular da 3ª Vara Criminal de Rio Largo e integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJAL), explicou que o curso visa aprimorar todos os envolvidos nos Juizados, para melhor atender as vítimas e dar celeridade aos processos.
“Essa mulher precisa ter um atendimento individualizado, para que ela se sinta acolhida pelo estado e pela Justiça. Esse treinamento abre um olhar sob as lentes de gênero, para que essa mulher não seja revitimizada ao adentrar no sistema de Justiça”, afirmou a magistrada.
Juíza Eliana Machado integra a Coordenadoria Estadual da Mulher do TJAL. Foto: Adeildo Lobo.
A servidora Karem Sousa, que atua no 2° Juizado, defendeu que é essencial ter um momento para discutir questões de gênero. “Aprendemos sobre violência institucional, que não devemos nos dirigir às vítimas e às testemunhas com troça, mas com acolhimento. Sem dúvida, todas nós estamos saindo daqui mais capacitadas para os atendimentos”.
Valkíria Malta, integrante da coordenadoria da Mulher do TJAL e docente do curso, e apontou a dedicação do Judiciário de Alagoas em capacitar os magistrados, assessores e servidores seguindo as diretrizes e normas do CNJ.
Valkíria Malta destacou a dedicação do Judiciário de Alagoas em capacitar para melhor atender às mulheres. Foto: Adeildo Lobo.
“Todos estão habilitados para tratar as vítimas mulheres nessas perspectivas traçadas pelo CNJ. Nós desenvolvemos técnicas de conversa de acolhimento com as partes, a linguagem que devemos nos comunicar e como minimizar essa situação de violência que está enraigada na cultura machista da população”, ressaltou Valkíria.
Além da juíza Eliana Machado e da servidora Valkíria Malta, a capacitação também está sendo lecionada por Victor Emanuel Barbosa, servidor do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Arapiraca.
Mark Nascimento - Dicom TJAL
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