Alunos do 9º ano assistem à palestra sobre diversidade de gênero
Juíza Carolina Valões também abordou, no auditório da Esmal, os direitos fundamentais com os adolescentes
Cerca de 250 estudantes assistiram à palestra da juíza Carolina Valões. Foto: Adeildo Lobo
“Caberá a vocês mudar essa realidade de opressões”, disse a juíza Carolina Valões ao mostrar os números de violência contra a população LGBTQIAPN+ para estudantes do 9º ano das escolas municipais Pompeu Sarmento e João Sampaio e da Escola Estadual Mario Broad. A palestra sobre diversidade de gênero e os direitos fundamentais foi promovida na Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) por meio do Programa Cidadania e Justiça da Escola (PCJE).
“É importante trazer também a encruzilhada de outras opressões que recaem sobre eles. Há dados mostrando que a maior parte dessa população assassinada eram também pessoas negras e pobres. Então, vejam quantas opressões recaem e elas são duas, três, quatro, cinco vezes marginalizadas e é importante que a gente traga isso para os alunos”, explicou.
Segundo a magistrada, o Judiciário está fazendo seu papel quando busca conscientizar os adolescentes com ações preventivas e os incentiva a questionar o que podem fazer, no dia a dia, em casa, no meio social, para mudar essa realidade. Na ocasião, Carolina Valões explicou, de maneira lúdica, como os adolescentes podem reconhecer a diversidade de gênero.
“Eu abro esse tema trazendo uma imagem que a gente divide o corpo humano em três partes. A parte da genitália, que a gente chama de sexo biológico, a parte representada pelo coração, que a gente fala da orientação sexual, e a nossa cabeça, que a gente desenvolve o tema da identidade de gênero para que eles possam, a partir dessa diferenciação, compreender o que significa dizer que a pessoa é hétero ou homossexual, e o que significa dizer a pessoa ser cisgênero ou transgênero”.
A aluna da Escola Pompeu Sarmento, Heloísa Gomes Fidelis, de 14 anos, avaliou a palestra como uma experiência enriquecedora. “Eu tinha alguns conhecimentos sobre o assunto, não muito, mas conheci algumas questões que eu não tinha tanto conhecimento. Ela foi bem esclarecedora sobre o assunto, falou de uma forma que dava para entender muito bem”, comentou.
Já André Luiz Freitas, de 15 anos, disse que os esclarecimentos sobre o assunto podem ajudar as pessoas a entenderem melhor o que sentem e dar mais confiança para aqueles que gostariam de assumir sua orientação sexual. “Também aprendemos sobre homofobia e quem faz isso tem que parar, porque é muito feio”.













