Novembro Azul: importância dos exames preventivos contra câncer de próstata
“O câncer de próstata é totalmente silencioso”, reforça urologista alertando sobre a necessidade de prevenção
Arte: Dicom TJAL
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O médico urologista Ricardo Costa alerta que é preciso observar os fatores de risco, a fim de aumentar a possibilidade de cura, nos casos em que se constata a doença.
O médico esclarece que os principais agentes de risco são a idade, já que a maior parte dos diagnósticos são feitos a partir dos 55 anos; o histórico de câncer de próstata na família e a etnia, uma vez que essa doença é mais frequente em homens afrodescendentes.
Como forma de conscientizar seus servidores e colaboradores quanto à prevenção da doença, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) lançou a campanha de conscientização ‘Novembro Azul’, destacando a importância da realização dos exames preventivos.
Doença silenciosa
“No estágio inicial, o câncer de próstata é totalmente silencioso, o que faz com que muitos homens não procurem um especialista. Por isso, a importância dos exames de rastreio anuais para diagnosticá-lo no início, quando não há sintomas”, reforçou.
O urologista elucida que o diagnóstico precoce só acontece a partir dos exames feitos com regularidade, dentre eles o PSA (Antígeno Prostático Específico), realizado através da coleta de sangue que identifica os níveis de uma proteína produzida pela próstata, e o exame de toque retal.
“Pelo menos 15% dos homens com PSA normal podem ter câncer diagnosticável pelo toque retal. O PSA elevado não significa que o homem tem câncer de próstata. Pelo menos 25% dos homens com aumento do PSA até 10 ng/ml não vão ter câncer de próstata”, explica.
Tratamento no estágio inicial
O tratamento está diretamente ligado ao estágio da doença no paciente. Quando diagnosticado no início, a opção mais relevante de tratamento é uma cirurgia chamada prostatectomia radical, que consiste na retirada da próstata e de alguns tecidos em torno desta glândula.
Segundo Ricardo Costa, a melhor técnica para efetuar este procedimento é mediante a robótica, pois proporciona “menores taxas de complicações, como a impotência sexual e a incontinência urinária”.
Além do procedimento cirúrgico, existe a radioterapia, que, no caso do câncer de próstata, é um método curativo que não se aplica a todos os casos. Por isso, a escolha do tratamento deve ser feita por um profissional da área, de acordo com as especificidades de cada paciente.
É preciso ir ao urologista
O especialista reforça que, apesar de haver resistência masculina em ir ao médico, é preciso que se esteja atento e se vá a um urologista regularmente. O médico listou alguns sintomas que podem estar relacionados a problemas de saúde e que exigem a busca por um profissional.
Sinais de cálculo, inflamações ou tumor:
Dores na lombar
Dores nos testículos
Sinais de problemas no sistema reprodutor:
Impotência
Ejaculação precoce
Desconforto durante a relação
Sangue no esperma
Ausência de orgasmo
Sinais de doenças sexualmente transmissíveis:
Coceira
Vermelhidão
Dor
Bolhas
Feridas
Ardência ao urinar
Corrimento
Verrugas penianas
Aumento benigno da próstata:
Desconforto ao urinar
Gotejamento
Presença de sangue na urina
Aumento ou diminuição na frequência urinária
Redução dos níveis de testosterona:
Perda de interesse sexual
Fadiga
Rotina saudável
Manter uma vida saudável é crucial para preservar a qualidade de vida dos homens em todas as idades. O médico enfatiza que atividades físicas regulares, alimentação balanceada e consumo moderado de bebidas alcoólicas proporcionam uma vida mais ativa.
“As principais razões para que homens cuidem da alimentação e pratiquem exercícios físicos regularmente são a melhora da saúde cardiovascular; melhora da saúde mental; aumento da energia e da vitalidade, proporcionando disposição física e mental para exercer suas atividades”, justificou.
O urologista finaliza enfatizando a importância do acompanhamento profissional personalizado, pois “cada corpo exige uma quantidade correta de comida, além de um plano de atividade física que traga reais benefícios e não coloque em risco a saúde”.
Carol Neves - Dicom TJAL
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