'A inclusão começa em casa e é um aprendizado diário', diz desembargador Ivan Brito sobre filho com Down
Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado nesta quinta (21); data busca sensibilizar sobre direitos, bem-estar e inclusão
O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, busca conscientizar e romper o estigma social que cerca as pessoas com essa condição genética. O objetivo da data é ainda sensibilizar a sociedade quanto aos direitos, ao bem-estar e à inclusão desses cidadãos.
"Você não pode diferenciar uma pessoa por uma característica. Isso não a define. Todos nós somos seres humanos", defende o desembargador Ivan Brito, pai do jovem Davi, de 19 anos, que é o primeiro triatleta com Down de Alagoas.
Em vídeo especial produzido pela Diretoria de Comunicação do TJAL, o desembargador fala dos desafios na criação do filho e do gosto de Davi por esportes.
"Nossa família sempre gostou de esporte, então ele sempre foi muito estimulado. Antes mesmo de andar, ele já nadava", contou o desembargador, lembrando que o filho já ganhou um campeonato de jiu-jítsu.
O importante, segundo Ivan Brito, não está na vitória, mas na superação. Pai de outros quatro filhos, o desembargador reforça a importância da inclusão e do respeito. "A inclusão começa em casa e é permanente. É um aprendizado diário".
Síndrome de Down
A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma variação genética que pode afetar o desenvolvimento físico e mental de uma pessoa. De acordo com a médica Valdja Fragoso, do Departamento de Saúde e Qualidade de Vida do TJAL, a condição genética é causada pela presença de um cromossomo extra, o cromossomo 21.
"A pessoa tem um cromossomo extra no par 21, totalizando três cromossomos 21 em vez de dois. Isso pode causar características como olhos amendoados, baixa estatura, deficiência intelectual leve a moderada e certas condições de saúde, como problemas cardíacos e gastrointestinal. No entanto, cada pessoa com Síndrome de Down é única e pode ter uma ampla variação de habilidades e características físicas", explicou.
Ainda segundo Valdja, é importante abordar com respeito e compreensão as necessidades e potenciais de cada pessoa com essa condição. A médica afirma também que, apesar dos avanços na compreensão e aceitação da síndrome, ainda existe desconhecimento em relação ao assunto.
"Esse desconhecimento pode levar ao preconceito e à discriminação contra pessoas com Síndrome de Down. É fundamental promover a conscientização, a educação e a inclusão para garantir que essas pessoas sejam tratadas com respeito e igualdade em todos os aspectos da vida".
Desenvolvimento
Para auxiliar no desenvolvimento de pessoas com Down, é importante, segundo a médica, adotar abordagens inclusivas e personalizadas. Entre as ações que podem ser tomadas estão:
- Promover o acesso dessas pessoas a cuidados de saúde de qualidade, incluindo acompanhamento médico regular e terapias especializadas, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional;
- Promover ambientes educacionais que atendam às necessidades individuais de aprendizagem, oferecendo apoio e recursos adequados;
- Promover intervenções desde os primeiros anos de vida para possibilitar o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional;
- Incentivar a autonomia e independência, adaptando as tarefas de acordo com as habilidades da pessoa;
- Oferecer oportunidades de socialização e participação em atividades da comunidade;
- Promover um ambiente acolhedor e livre de preconceitos, onde as pessoas com Síndrome de Down se sintam valorizadas e incluídas.
"Cada pessoa com Síndrome de Down é única, e é importante abordar o seu desenvolvimento de forma individualizada, respeitando suas habilidades e potenciais", destacou a médica.
Diretoria de Comunicação - Dicom TJAL DS
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