Concurso 11/04/2024 - 16:33:54
ENAM: Comissão de Heteroidentificação finaliza análises de candidatos autodeclarados negros
Resultado será disponibilizado no Diário de Justiça desta sexta-feira (12); 1º Exame Nacional da Magistratura acontece domingo (14) em todo o país

Resultados definitivos poderiam ser publicados até 23 de abril, mas TJAL disponibilizará  lista nesta sexta-feira (12). Resultados definitivos poderiam ser publicados até 23 de abril, mas TJAL disponibilizará lista nesta sexta-feira (12). Arte: Carolina Amancio (Ascom/Esmal)

Quase 60 candidatos autodeclarados negros que farão o 1º Exame Nacional da Magistratura (Enam) em Alagoas no próximo domingo (14) tiveram a sua condição de pretos ou pardos validadas pela Comissão de Heteroidentificação do Judiciário alagoano. 

Embora todos os candidatos já tenham sido notificados acerca do resultado de suas avaliações, a listagem definitiva das autodeclarações confirmadas será divulgada nesta sexta-feira (12), no Diário de Justiça Eletrônico (DJAL). 

Segundo o juiz João Paulo Martins, presidente da Comissão Recursal de Heteroidentificação, o regramento do Enam possibilitava que os resultados definitivos fossem publicados até o dia 23 de abril. No entanto, a comissão fez um esforço para que os candidatos cheguem ao momento da prova já cientes da pontuação mínima que deverão atingir para a aprovação.

“Os candidatos considerados negros precisam de 50% de acertos para serem considerados aprovados no Enam, já os não negros precisam alcançar 70% de aproveitamento”, detalha João Paulo. 

Procedimento

As análises das candidaturas foram encerradas com a finalização das avaliações dos recursos interpostos à Comissão Recursal de Heteroidentificação 

Conforme explica o juiz João Paulo Martins, mais de 90 pessoas se apresentaram à Comissão de Heteroidentificação e foram avaliadas por cinco membros, inicialmente, por meio de fotografias. Caso esta primeira análise não fosse suficiente para validar a sua condição de pertencente à população negra, constituída por pretos e pardos, ele era convocado para a entrevista presencial com a banca. 

“Posteriormente tivemos a fase de recursos, quando uma nova comissão, a Recursal, se reuniu para deliberar acerca da situação dos candidatos não confirmados como negros nas fases anteriores”, destaca o magistrado. 

A Comissão de Heteroidentificação, bem como a Comissão Recursal, foram compostas por juízes e servidores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), além de professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vinculados ao Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi).

Carolina Amancio - Dicom/ TJAL 

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