Infância e Juventude 17/05/2024 - 08:35:54
Juízes do TJAL orientam mais de 2 mil alunos sobre exploração sexual
Ação foi promovida pela Coordenadoria da Infância e Juventude do TJAL, em parceria com a Secretaria da Cidadania e da Pessoa com Deficiência

Juiz Emanuel de Andrade palestrou para estudantes de Joaquim Gomes Juiz Emanuel de Andrade palestrou para estudantes de Joaquim Gomes

Mais de dois mil alunos de 33 municípios alagoanos receberam orientação do Poder Judiciário sobre combate à exploração sexual infantojuvenil. As palestras realizadas em escolas e outros prédios públicos foram conduzidas por quase 30 juízes, que conscientizaram sobre a temática.

Os debates tiveram início no último dia 9 e devem prosseguir ainda na próxima semana. A iniciativa é uma parceria entre a Coordenadoria da Infância e Juventude (CEIJ) do Tribunal de Justiça e a Secretaria da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (SECDEF).  A ação é alusiva ao 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao  Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Segundo a juíza Lívia Mattos, é essencial que crianças e adolescentes conheçam seus direitos e como eles funcionam na esfera jurídica, para que melhor exerçam a cidadania. "A importância é enorme, pois traz uma proximidade desses alunos com o Poder Judiciário e eles se sentem parte dessa vivência".

A magistrada palestrou para mais de 80 alunos na cidade de Porto Calvo, na última terça (14), enfatizando os diversos órgãos e as modalidades de denúncia que existem, a fim de estimular as declarações sobre as violências sofridas. 


Juíza Lívia Mattos conversou com estudantes de Porto Calvo, na última terça (14)


Em Delmiro Gouveia, também na terça (14), o juiz Caio Evangelista falou sobre as formas de abuso sexual e reforçou a existência de uma rede de apoio e proteção à criança e ao adolescente.

O magistrado ressaltou que as palestras promovem uma educação preventiva, "encorajando vítimas e testemunhas a denunciar os abusos". O magistrado destacou ainda que é preciso reduzir o estigma e falar abertamente do assunto para que não haja o sentimento de vergonha e medo nas vítimas.

Já a juíza Paula Brito, que palestrou para 150 alunos de Murici, na terça (14), esclareceu o conceito de violência sexual e abordou o perfil do abusador. Segundo a magistrada, saber como o abusador costuma agir é fundamental para que os menores o identifiquem com mais facilidade e possam escapar de possíveis ameaças.


Juíza Paula Brito explicou o conceito de violência sexual para alunos de Murici

Para o juiz Ygor Figueirêdo, coordenador da CEIJ, as palestras foram exitosas. "Os juízes foram às escolas, ressaltando o engajamento de todos na campanha".

O magistrado disse ainda que o propósito da ação foi disseminar conhecimento sobre violência sexual, explicando que, na maioria das vezes, ela ocorre no âmbito doméstico. Ygor Figueirêdo reforçou que as vítimas de abuso e exploração sexual podem denunciar, presencialmente, no Ministério Público, na delegacia, na Defensoria ou por meio do disque 100.

Parceria

A assessora técnica de promoção dos direitos da criança e do adolescente da SECDEF, Priscila Morais, considerou positiva a parceria com o Judiciário. "Foi de extrema relevância do ponto de vista do fortalecimento dos pilares do Sistema de Garantia de Direitos, que se baseia na promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes".

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