Mais de 100 adolescentes aprendem sobre o Estatuto da Pessoa Idosa em ação do PCJE
Embora Brasil possua a cultura do vigor físico, país já tem cerca de 15% de sua população idosa, explicou a juíza Luciana Cavalcanti, palestrante do evento
Palestra orientou jovens sobre a empatia necessária no trato com essa população. Foto: Carolina Amancio (Ascom/TJAL)
Nesta quinta-feira (23), mais de 100 jovens das escolas Estadual Edmilson Pontes e Municipal Antídio Vieira participaram da palestra "Saber viver é preciso, viver é precioso - conhecendo o Estatuto da Pessoa Idosa". O evento foi promovido pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) e ocorreu na sede do auditório da Escola Superior da Magistratura (Esmal).
O evento evidenciou a necessidade de conscientização sobre os direitos dos idosos e promoveu a reflexão entre os jovens sobre o respeito e a empatia necessários no trato com essa população. A palestra foi ministrada pela juíza Luciana Cavalcanti, que destacou a importância de educar os jovens sobre os direitos das pessoas idosas.
“Nosso país, assim como outros, está envelhecendo. O envelhecimento é um fenômeno natural e esse processo precisa ser dado da forma mais saudável possível. Aqui no Brasil há um desnível muito grande entre as pessoas idosas, dentro das condições sociais, econômicas, emocionais, familiares”, afirmou a juíza. “Então é importante esse contato com o adolescente para que ele saiba que a pessoa idosa tem prioridade em políticas sociais de atendimento”, ressaltou.
A juíza também explicou para os adolescentes que a pessoa idosa tem o direito de estar e permanecer no local que quiser, em que se sentir à vontade para ficar. Disse ainda que a pessoa idosa não pode ser desprezada por conta da sua idade. “É o que a gente chama de etarismo, comum no Brasil, onde existe a cultura da juventude, do vigor físico. Cultura essa que não se sustenta na realidade, haja vista que hoje mais da metade da população brasileira já tem mais de 30 anos. Nosso país já possui mais de 30 milhões de idosos, que representam praticamente 15% da população, segundo os últimos números", analisou a magistrada.
Alice Beatriz, de 14 anos, estudante do 9º ano da Escola Municipal Antídio Vieira, compartilhou suas impressões sobre a palestra. “Achei ótima porque algumas pessoas sabem que têm que respeitar os idosos, mas não sabem que eles são protegidos por lei. Então algumas pessoas maltratam eles, pegam o dinheiro deles, fazem o que querem, mas não compram o que o idoso realmente precisa. Então foi bom porque as pessoas viram que eles têm direitos como qualquer outra pessoa”, disse Alice.
Carolina Amancio – Ascom Esmal
imprensa@tjal.jus.br













