Diferentes experiências dentro do processo de adoção são compartilhadas por famílias
13º Encontro Estadual de Adoção é promovido pelo TJAL, no Shopping Maceió, até este sábado (24)
João Lucas disse que adoção é um amor mais especial porque as pessoas se escolhem. Foto: Adeildo Lobo
"Não existe filho biólogo e filho adotivo. Existe parentalidade biológica e parentalidade adotiva", disse Ticiana Leal, mãe de dois, durante relatos de experiências realizados, na noite desta sexta (24), no Shopping Maceió. O bate-papo faz parte da programação do 13º Encontro de Adoção do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
Ticiane Leal e David Buarque são pais do João, de nove anos, e do Davi, de dois anos. Eles contaram suas experiências nos dois processos de adoção, já que o João chegou na vida deles com quatro anos e o Davi aos 17 dias de vida, após uma entrega voluntária.
Segundo Ticiane, foram processos e esperas diferentes, mas sempre respeitando os trâmites legais para aumentar a família de forma tranquila e gratificante.
“Nesse momento de espera, a gente precisa de pessoas que nos impulsionem. A adoção é transformação, é amor. O momento de espera é como uma borboleta dentro do casulo, quando eles chegam, a gente ganha asas”, disse Ticiane, que está novamente na fila de espera para adotar o terceiro filho.

João Otávio não conseguiu segurar a emoção ao falar sobre seus filhos João Pedro e Jhonathan. Foto: Adeildo Lobo
Adoção de irmãos
Decididos a adotar crianças com menos de três anos, o casal João Otávio e Jordy mudou completamente de ideia ao conhecerem os irmãos João Pedro e Jhonathan. Poucas semanas depois do primeiro encontro, a Justiça autorizou a guarda provisória dos meninos para o casal.
“A pressa em levá-los para casa era porque sentíamos que eles eram os nossos filhos e nós nos sentíamos aflitos por eles estarem longe”, contou, emocionado, João Otávio.
Adoção solo
“Na sexta-feira, eu era uma mulher solteira, de 40 anos. Na segunda, eu era mãe de um menino de sete anos”, foi assim que a advogada Romina Duque Porto começou a falar sobre sua experiência com seu filho Gustavo.

Advogada Romina Duque Porto contou sobre seu processo de adoção solo. Foto: Adeildo Lobo
Segundo a advogada, a 28ª Vara da Infância e Juventude deu um grande suporte durante todo o processo de adoção, desde a recepção, a sensibilidade dos profissionais com os pretendentes à adoção e com as crianças.
Ela também revelou que passou um período de mais de um ano para conseguir finalizar o processo de destituição familiar do Gustavo até conseguir a guarda definitiva.
"Foi muito desafiador porque o Gustavo demorou mais de um ano para se tornar meu filho de fato. Ele ainda não estava destituído da família biológica e eu só consegui dormir em paz quando consegui concluir a adoção", contou.
Além do público do shopping, o juiz Ygor Figueiredo, coordenador Estadual da Infância e Juventude (Ceij), também tirou algumas dúvidas sobre o que as famílias sentem durante o processo de adoção.

Encontro é realizado no térreo do Shopping Maceió. Foto: Adeildo Lobo
Encontro
O 13º Encontro Estadual de Adoção está sendo realizado até este sábado (25), no Maceió Shopping, próximo à loja Renner, no térreo.
O evento conta com rodas de conversa, curso de capacitação para pretendentes à adoção, encontro do grupo de apoio e orientações da 28ª Vara, das 10h às 22h, sobre adoção e apadrinhamento. Uma exposição fotográfica com famílias formadas por adoção também acontece durante o evento.
Confira a programação do evento clicando aqui.
Diretoria de Comunicação – Dicom TJAL
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