Juiz Claudemiro Avelino palestra em evento sobre Lampião e o cangaço
Ação aconteceu nesta quarta (31), no Instituto Histórico Geográfico de Alagoas
Juiz Claudemiro Avelino comentou as graves consequências do cangaceirismo. Foto: Cortesia
O magistrado Claudemiro Avelino, curador do Centro de Cultura e Memória do Poder Judiciário (CCM), palestrou sobre o conceito e a literatura do cangaceirismo, nesta quarta (31), durante o evento "Lampião e o Cangaço nas Alagoas, Histórias e Trajetórias".
Promovido pelo Instituto Geográfico de Alagoas (IGH), o evento reuniu pensadores e estudiosos de diversas regiões do país, sobretudo do Nordeste, para refletir sobre as crises sociais que devastaram a sociedade alagoana.
"Aproveitamos a temática para debater a história de Lampião, além de explorar os elementos artísticos do cangaço utilizados para incrementar a economia criativa e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos alagoanos", destacou.
O evento é o 1º do ciclo de debates do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, e tem parceria com o Sebrae.
Além do tema da palestra do juiz Claudemiro, foram debatidos assuntos como "A influência do cangaço para o desenvolvimento da economia criativa do Nordeste", e o "Cangaço e suas multiformas no filme Baile Perfumado".
Cangaço
O cangaço foi um fenômeno social que ocupou boa parte do século XIX e as primeiras décadas do século XX, onde Lampião, Virgulino Ferreira da Silva, foi o principal líder.
Segundo o juiz Claudemiro Avelino, esse fenômeno se instalou exatamente por falta ou carência do papel do Estado naquela região do semiárido nordestino brasileiro, com gravíssimas consequências.
"As crises climáticas, a seca do Nordeste, a baixa escolaridade, o difícil acesso à escola, as brigas entre as famílias, as disputas políticas e as disputas de terras, acabaram gerando uma insatisfação que levou alguns brasileiros a se organizarem para formar bandos", disse.
