"Respeito não tem gênero", afirma juíza Carolina Valões em palestra para 260 estudantes
Diálogo sobre diversidade e direitos fundamentais foi promovido pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) segunda-feira (12)
Carolina Valões é coordenadora de projetos especiais da Esmal. Foto: Kenny Lucas (Ascom/Esmal)
A juíza Carolina Valões dialogou, nesta segunda-feira (12), com quase 260 alunos de escolas públicas sobre diversidade de gênero e direitos fundamentais. A palestra foi promovida pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), do qual é coordenadora, no auditório da Escola Superior da Magistratura (Esmal).
Na palestra, a magistrada abordou assuntos como as diferenças entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual, apresentando a conexão entre esses pontos. Além disso, também foram abordados os direitos alcançados pela categoria LGBTQIA+. 
“O adolescente absorve esse conhecimento para se perceber, eventualmente, em alguma dessas categorias. Muitos deles chegam cheios de angústias nessa busca de identidade. Devem, diante disso, se posicionar, buscar ajuda profissional e, se for o caso, um acompanhamento psicológico. Posteriormente essa ajuda pode se estender até à própria família”, declarou a juíza Carolina Valões. A magistrada enfatizou que ao participar da palestra, os jovens podem ser replicadores do que foi esclarecido e da importância do respeito, pois, segundo ela “respeito não tem gênero”.
Juliane Rocha, coordenadora da Escola Municipal Dr. José Haroldo da Costa, o fato de a palestra ter sido realizada com uma linguagem acessível fez com que a atenção deles fosse mantida. 
“A gente ouve muito falar essa questão de LGBTQIA+, mas muitos não entendem o significado. E hoje foi muito importante porque eles saíram com um entendimento a mais, um conhecimento a mais em relação a isso”, pontuou a coordenadora.
Agatha Lira, estudante do 1º ano do ensino médio, afirmou já ter sofrido preconceito devido à sua sexualidade e reconhece a importância de abordar o tema para jovens da sua idade.
“Eu sou uma pessoa bissexual, já sofri homofobia e acho que foi uma palestra boa, tanto para as pessoas que não conhecem, quanto para as pessoas que já conhecem. Também é importante para relembrar como nós somos guerreiros enquanto comunidade LGBTQIA+, por termos que sustentar todo esse peso nas costas, de sofrermos sempre homofobia de pessoas que não conhecem sobre a comunidade”, relatou a adolescente.
Escolas participantes
O evento contou com a presença de estudantes 9º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio de cinco escolas: Escola Municipal Tradutor João Sampaio, Escola Municipal Dr. José Haroldo da Costa, Escola Municipal Zumbi dos Palmares, Escola Estadual Profª. Anaias de Lima e Escola Escola Estadual Professor Édson dos Santos Bernardes.
Todas as escolas são parceiras do PCJE, que tem como objetivo desenvolver e fortalecer o direito à informação dos estudantes, para que a cidadania seja exercida plenamente numa sociedade democrática.
Kenny Lucas – Ascom/Esmal
imprensa@tjal.jus.br
